sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A tez da manhã

Djavan - Acai

Tristeza é aquilo que você sente quando esquece que tem Deus, saúde, família e amigos.

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Sou feliz e hoje estou feliz. Muita coisa aconteceu do meio do ano pra cá, coisas maravilhosas e outras nem tanto. No fim de tudo, concluo, sou uma pessoa mais madura e paciente. Tenho talentos e inteligência. Sou bela, me faço bela. Posso ser uma princesa encantada, sou bruxa malvada quando quero. Sou o que sou e não o que querem! Mas se souber pedir... rsrs

Estou aí, sem medo nem máscara. Viva e liberta. E fazendo feliz! hehehe

Abri o Orkut, tá lá pra todo mundo ver, fotos, recados, depoimentos. Não tenho nada a esconder. Meu problema foi embarcar numa canoa furada, numa neurose sem sentido onde as pessoas são fruto da própria mentira. Eu não sou assim! Sou bem de verdade, sou falha, sou humana. Faço, penso e falo sacanagens, brinco, me divirto com os amigos, sem necessariamente estar a fim deles ou delas. Se não fosse assim, eles não me respeitariam como fazem, não elegeriam Rainha da Marra. rsrs E de mais a mais, “quem tá com você sou eu...”, então nada me aborrece! :-D

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Estava ausente, mas percebi que as visitas ao nosso espaço não pararam. Adoro! Já sei que tenho um(a) leitor(a) assíduo(a), que acessa o blog religiosamente entre 9:00h e 10:00h. Isso me envaidece e anima, sei que minhas palavras são importantes, tão importantes a ponto de alguém ficar ansioso sobre qual será a próxima dessa louca.

Bem, fiquei ausente por dois motivos bastante plausíveis: primeiro porque as provas chegaram ao ponto “ou dá ou desce”, travei, não saía nada da cabeça. E segundo porque fiquei doentinha. :-(

Uma gripe danada me pegou na curva e a última prova fiz ardendo em febre. De lá pra cá, só me lembro que consegui chegar em casa e quase chorei ao dormir, ainda muito quente, por estar só. Aliás, ficar doente sem ter alguém do lado pra você encher o saco, pra te paparicar, pegar água e mais que tudo, fazer todas as suas vontades de doente, é definitivamente muito chato e triste. Acordei de madrugada chorando mesmo, porque um dos três edredons tinha saído do lugar e eu ainda sentia o frio da febre. Tive que eu mesma levantar e ajeitar tudo. Ô saco! Como de costume, depois da febre, o atropelamento pela manada de elefantes. Acordei absolutamente torta, até o cabelo. Telefone tocou. Tá melhor? Hã? Você está melhor? Vou ver, depois te falo. Hehehe

Já estou presente, como podem perceber. E já bem melhor da gripe, apesar de ainda estar falando tudo com “d”, pelo nariz. rsrs

Enquanto era surrada pela febre, recebi um singelo presente, a letra de “Açaí”, de Djavan. Essa música me foi dada via Orkut por um amigo. Ela me remete à minha infância, às aventuras de uma menina-moleca, pintada de arco-íris, cabelo pro alto, pé no chão e um luminoso sorriso pueril. Maravilhosa ajuda pra ficar boa rápido. Obrigada, querido!

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Acabou. Mais um ciclo completo, finalizado com muita angústia e glória.

Foram seis meses de intensa busca e reconhecimento do terreno, tudo novo, vida nova, linguagem nova. Não haveria tempo pros meus “daqui a pouco” ou “posso fazer depois”, teria que ser em tempo real, dedicação full time. E trabalhando num local em que não havia RH, foi impossível assimilar teoria com prática. Mergulhei de cabeça num assunto que me motiva a levantar todos os dias e dar o melhor de mim para pessoas que nem sabem meu nome. Gabaritei quase todas as matérias e a nota mais baixa foi um 8,5 sem vergonha. Fiz uma prova profundamente triste, outra angustiada e uma com febre. Agora estão lá, foram as melhores provas. Estou satisfeita comigo, feliz de ter sido tão guerreira, de ter vencido meus medos e os que me impuseram, de ter sido, antes de tudo, minha amiga. Ser uma Gestora de Recursos Humanos é uma meta profissional, e talvez até mais, uma realização pessoal. Pronto, dei o pontapé inicial, encontrei meu caminho, estou feliz e é o que me basta.

Acabou. Mais um ciclo completo, finalizado com muita raiva e gargalhada.

Foram seis meses de terror puro, numa empresa absoluta e irremediavelmente desorganizada. Desde o primeiro dia eu sabia que aquele não seria o meu lugar. Passava dias e dias sentindo falta da ferrovia e seus problemas. Nunca senti um pingo de carinho pelos marítimos, confesso. Meu coração ficou nos trilhos do Coreano, de onde nunca saiu. Não havia nada que nos ligasse, eu não tinha meta, não havia meta na empresa. Muito cacique e pouco índio. O vírus da burrice administrativa afetou uma parte da população gestora e esta é uma doença que não tem cura. No fim das contas, decidi que eu não ganhava o suficiente pra aturar aquilo e fui bem clara com a zebra. Ela não entendeu e eu ficaria surpresa se ela tivesse entendido... Agora, lá vamos nós rumo à outra equipe, a que eu mais temia.

Acabou. Mais um ciclo completo, finalizado com muita dor e sabedoria.

Foram quase dois anos de guerra. Era pra ser como foi, talvez eu não tivesse ensinado tanto e transformado uma vida inteira. Eu fui A Mulher, tenho certeza. Fiz um montinho de nada se virar num ser agradavelmente simpático e esperto. Sou feliz por isso. Ao contrário do que senti da outra vez, não sinto que foi tempo desperdiçado ou que outra pessoa será feliz a custa do meu sacrifício. Pelo contrário, sinto que fiz um excelente trabalho, fiz em dois anos o que uma qualquer nota não conseguiu em oito. Sou fantástica realmente! Em algum momento Deus determinou que eu tinha que transformar aquela existência sem sentido e sem brilho em um ser humano de verdade, capaz de verbalizar, de sentir, de absorver e de doar. Voilà, como um Midas, fiz o que pude e o que eu podia saiu melhor que a encomenda. Levei LUZ, literalmente, mostrei as cores do amor, levei ao céu e ao inferno, provoquei emoções, fiz sentir, fiz gritar, fiz sorrir e fiz chorar. E agora sigo meu caminho sem olhar pra trás, sem pensar no que poderia, no que seria. Foi o que tinha que ter sido.

Todo início é estranho e todo final deixa uma saudade boa quando o trabalho foi bem feito. Entrei numa faculdade diferente, curso diferente e termino o segundo período completamente apaixonada por tudo que vi, vivi e aprendi. Entrei numa empresa logo após a saída de uma estelionatária, com uma loura-burra no comando, que não sabia se quer o que significa assistência médica e saio de lá pretensiosamente confiante no meu poder de negociação e organização. Entrei num relacionamento com pré-disposição a falência e fiz dele o motivo de lembrança eterna da minha pessoa. Alguma dúvida de que eu sou inesquecível? Taí a verdade: me conhecer foi fácil, me esquecer será impossível.

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Bom, já matamos as saudades, escrevi a beça como gostam. Agora vou descansar porque essa vida na casa de Madame Sufia está acabando comigo.

Amanhã, prometo, darei as notícias. A boa, a ruim e a normal.

Obrigada por sua visita, obrigada por perder seu precioso tempo comigo, obrigada por vir e voltar. Obrigada por me fazer acreditar que minhas palavras não são importantes apenas para mim. Enfim, obrigada.

L.

2 comentários:

thigo barbosa tg disse...

então agora vc pode contar com 2 leitores assíduos...rs
e eu eh claro....sou igual vc..no horário da madruga.
BjAõ!!!

ps. tah melhor?

Lelo disse...

Obrigada Lucille, Fico feliz que tenha gostado... faz tempo que aconteceu comigo mas a pessoa cisma em perturbar.hehehe
Seus textos tbm são ótimos... Pode linkar sim.
Bjs no coração

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Obrigada por vir e por ler!
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