Sinto falta
daquilo que nunca tive. Como pode? Deve ser porque eu sei que existe, sei que é
possível. Nunca tive e sinto falta. Talvez por entender que só depende de mim para
ter, ou que, no máximo, só preciso fazer as escolhas certas para conseguir.
É aí que mora a
primeira parte do dilema: só de mim? Como, se sozinha não posso nada? Mas
sozinha sou responsável por metade de tudo, o que já é muita coisa. E aí vem a
segunda parte do dilema: se metade é muita coisa, como aceitar que a outra
metade seja menos? Não pode ser, se for, não é a metade.
E que o amor não
me derrote.
Lucille