terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sinto assim

Não sinto tristeza. Não sinto dor, nem amargura. Estou só e assim quero ficar. Eu e meu vazio. Mas estou bem. Quando for preenchida, ficarei melhor. Por hora, o cinza me basta. L.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eu desejo...

Fiz uma oração. Parei no meio da escadaria, me despi de toda a mágoa e falei com Ele. Contei tudo (que Ele já sabia), pus pra fora aquilo que eu não conseguia verbalizar pra outras pessoas. E no fim, fiz um pedido (para o qual tive pronto atendimento), sorri e continuei subindo.

Minha mãe me ensinou isso há alguns anos, e sabendo que Deus a tudo vê e de tudo sabe, achava desnecessário ter que “contar”. Claro, ela estava certa: conversar com Deus é o meio mais fácil pra achar respostas para as dúvidas que não ouso comentar com ninguém.

Sou um bicho muito curioso e sei que tem gente que é mais. Sim, eu estou escrevendo diretamente pra você aí, vc que bate ponto regularmente por aqui pra saber o que eu fiz, se fiquei em casa ou se fui beijar alguém. Pois bem, vou te contar um pequeno segredinho: minha vida não te interessa. Faça como eu, não venha aqui e não entre no meu perfil do Orkut todo dia, pois quem procura acha.

E para quem realmente quer e merece saber o que ando fazendo, digo apenas que o fim de semana foi MARA! rsrs Sábado coberta por três edredons e duas companhias agradabilíssimas dos lados. Duas?! Yes... Coração e coracinho. rsrs Domingo, ai ai... muito papo e chameguinho, apesar do frio fortíssimo. A noite foi fechada com mais gargalhadas das amizades verdadeiras. Não, não. A noite foi fechada assim: “Cuidado q a Lucille (...) tá vindo aí.. to com pena (...) pela minha pretinha...” :-)

Parei pra analisar. No mês de agosto, duas pessoas juraram pela mãe mortinha que me ligaram. E eu juro pela minha vivinha e com saúde que não. Ou melhor, não juro, provei e esfreguei na cara dos mentirosos que não teve ligação nenhuma pros meus celulares. Aí eu penso: até onde vai a desonestidade do ser humano? O que uma pessoa é capaz de fazer pra não ficar mal na foto? E me lembrei de quando eu disse “não, eu não gostei do presente”, ou “não, eu não gosto de vc” e acho que posso ter pecado por ser sincera, mas sei que ninguém vai passar a vida magoado comigo e minhas mentiras e falsidades. Se não gosta de mim, porque me trata bem? Porque ser falso comigo se eu não dou motivo pra ser querida? Isso me irrita no grau máximo. Ao mesmo tempo em que sinto pena de pessoas assim, perdem a identidade e deixam de ser alguém pra ser mais um. Eu, por exemplo, nunca escondi das namoradas do meu irmão que não ia com a cara delas. Não ia, porque quando terminaram, passei a ir. Não sei fazer cena, nem fingir pra agradar ninguém, tenho ciúme e ponto final. Goste de mim quem quiser e me suportar, não precisa – e eu tenho profundo nojo disso – me paparicar por obrigação. Se me odiar, paciência, pelo menos sei que terá sinceridade para comigo.

*-*--**--*-*

_ Ele está procurando uma forma de puxar assunto com vc.

_ Ah é? E desde quando eu sou mulher de se puxar assunto comendo pelas beiradas?!

*-*--**--*-*

Novidade maravilhosa pra contar! Ainda não posso revelar, mas acho que todos vão gostar. Eu tô amando tudo!

Semana de prooooovaaaaas!!! Tensa e aflita, mas tudo vai dar certo!

Desejo que a cor de segunda-feira seja azul clara, que todos consigam realizar seus desejos mais íntimos, ainda que não possam realizar os grandes, mas que o façam com os simples e tangíveis. E eu desejo que todos sejam felizes!

Desejo que o meu dia seja pleno de amor, que a borboletinha azul esteja comigo até a horinha de dormir e que me traga belos e sorridentes sonhos.

Desejo que todos os pensamentos tristes, saudades magoadas e lembranças ruins se convertam em gargalhadas gostosas durante todo o dia, que nada de mal possa me chegar por ouvidos, olhos ou intuição.

Desejo que todos os meus verdadeiros amigos tenham um dia de paz, que meus inimigos tenham um dia divertido e me deixem em paz e que os amigos falsos revelem-se, tornem-se inimigos, divirtam-se e me deixem em paz.

Desejo que eu possa corresponder a todas as expectativas depositadas em mim, que eu seja leve e paciente, amante e amiga, e que não perca o gênio ruim que me afasta das pessoas que não me merecem.

Desejo, só por hoje, ser feliz e fazer feliz.

Com fé,

L.

sábado, 27 de setembro de 2008

Cabrita e Los Cabróns

Sou uma terrível traidora. Estou sempre com um e o coração em outro. Não sei o que acontece comigo, um me dá mais, bem mais, mais que o dobro. Não me cobra por nada ou quase nada, me deixa atrasar sem me fazer o mesmo, não me dá esporro por bobeiras e nem mesmo por coisas sérias e me faz rir intensamente. Com ele tenho amigos e não tenho ciúme de quem já o conhecia. Nossa! Quando estou nele, sou forte e bela. Ele me protege. Às vezes fica frio, insuportavelmente gelado. Mas quando amorna, é o paraíso. E além de tudo, me deixa usar saias curtas! Deveria ser perfeito entre nós, pois nele encontrei o que tanto queria: paz e liberdade. Quando o conheci, há quatro meses, achei que estivesse num delicioso sonho azul, dali para frente eu seria realmente feliz, todos os dias. Durmo pensando nele e quando levanto, é só por ele que tenho forças pra ficar de pé. É por ele que saio sob chuva ou sol, que ando e às vezes corro, por ele que sigo e para ele arrumo forças. Quando começa, não quero que acabe, embora me aborreça algumas vezes, mas queria ter para ele mais tempo do que apenas encontros durante a semana. E como tenho aula, tenho que me despedir no mesmo horário, ficando assim, um gostinho de quero mais todo santo dia.

Não sei se é o pouco tempo de convivência, não sei o que de verdade me causa isso, mas ainda não há nem vestígio de amor. Queria muito olhar a foto, sentir o cheiro, ouvir o telefone tocar e ser tomada pela indefectível sensação de arrebatamento. Queria dar mais de mim.

Infelizmente o coração não acompanha o que a mente e corpo querem. O outro, o que larguei, não se compara em elegância, pelo contrário, me deixava constrangida em certos locais. As pessoas o tratavam mal e não havia o que eu pudesse fazer por ele, mas no fundo sentia orgulho dele, de estar ali, de ser parte da história dele. Foram dois longos anos, com coisas boas, claro, mas com muito dar recebendo pouco ou quase nada, com cobranças absurdas por coisas que não me cabiam ou estavam além de minhas forças. Os atrasos eram punidos com uma cara feia sem dó. Não havia sorriso, ou melhor, não sorriso sincero e farto. Eu era vigiada e isso me tolhia a vontade de continuar. Desconfiança... e mesmo assim eu agi errado com ele. Enganei certamente, assim como fui enganada. Vivemos no jogo de gato e rato o tempo que foi necessário até que eu decidi por fim ao assunto. Chorei, sofri e até hoje sinto uma imensa saudade. No horário do almoço era mais leve, podia sorrir e conversar. Mas no geral, vivia tensa, preocupada com o andar, o falar e saia curta, nem em sonho! Deveria me vestir de princesa, mas o retorno era de plebéia. Não havia paz. Mas havia um forte e raro amor, coisa que nunca senti. Saí de cabeça erguida, entre lágrimas, porém convicta de estar tomando a decisão certa.

Hoje, apesar de cercada no meu mundo perfeito, ainda sinto uma saudade forte, que me corrói as entranhas quando imagino tudo o que poderia ter sido e não foi. Recebo e-mails, em todos a palavra “saudade” vem subentendida ou explícita. Quando passo pela estação, sinto como se parte de mim tivesse ficado por ali, como se minha parte honesta tivesse desprendido do resto e ido embora, enquanto a parte do desejo quis ficar agarrada ao que não existe mais. No fundo, parafraseando Antoine de Saint-Exupery, deixei um pouco de mim nele e acabei trazendo muito dele comigo. Ele me fazia feliz, com seu jeito torto e confuso de conduzir as mais diversas situações. O que nele era ruim, era infernal. E o que dele era bom, ah... era maravilhoso! Eu me arrumava com obrigação de estar apresentável pra ele e em certas ocasiões vestia meu vestido de Rainha de Zamunda e planava pelo salão como que eu fosse a mais importante e especial dele. Sinto uma falta monstruosa de tudo aquilo que me provocava a mais ardida raiva e também um imenso e profundo orgulho. Mas continuo com a certeza de que tomei a decisão certa. Não volto atrás e nem que pudesse voltaria.

Apesar da enorme saudade, sou uma profissional e como tal, tenho que me dedicar ao novo trabalho, mesmo que o antigo emprego seja ainda motivo das minhas lembranças. Trocar a ferrovia pelo mar não foi fácil, porém foi necessário e hoje estou feliz. E o que não está bom agora, teremos tempo para fazer com que fique, afinal amor em mim é o que não falta.

E com três cabróns no currículo sentimental, fiquei mestre na arte de substituir um amor por outro. Pode até demorar, mas a catraca seletiva gira e a fila do coração anda. Ah, se anda!

E eu aposto um pelo da minha sobrancelha como você estava pensando que lá em cima eu me referia a homens, né?

Hunf!

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Prova do dia: Responsabilidade Social das Organizações, completamente discursiva. Desculpa, mas aqui mando eu! Rascunho de uma folha e meia, sobre o tema: “Redija uma carta a um amigo para convencê-lo a participar de um projeto de RS.” Infelizmente, não podia passar de 30 linhas. Se não, seria o e-mail das galáxias! :-D

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Obrigada por tudo. Não me canso de agradecer e acho que nunca será o suficiente. Obrigada por estar presente todos os dias e me estender as mãos nos momentos de aflição. Não faço idéia e nem quero imaginar o que seria de mim sem ti. Esses últimos dias foram secos e somente nós sabemos que não foram fáceis, porém, sabemos que são fundamentais para meu amadurecimento. E com sua ajuda, cresço um pouco a cada dia. Do meu lado quero que esteja pra sempre, me amparando e empurrando pra frente quando eu empacar (como quase fiz agora, né?) E eu lhe serei profundamente grata por me amar e ser meu melhor amigo em todo o mundo. Seu amor é o mais paciente e respeitoso que já recebi. Perdoe-me se o magôo, por favor, acredite, não é nunca intencional. Sou passível de erros, lembra? Mas quero saber que posso contar com seu plácido olhar e suas divinas recompensas em forma de sorrisos que recebo todos os dias. Enfim, mais uma vez, meu mais sincero e uterino obrigada, meu Deus.

Outra vez pensando que era homem, né?

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Em pouco tempo, o pequeno Isaac dará o ar da graça por aqui. Segure-se na cadeira e prepare seu coração porque vem aí, mais uma Super Tia Enlouquecida! Pensou que o time estava completo? Não, ainda faltava Fernanda, a Babona 2008. Uma demonstração dos seus superpoderes: “Quero logo saber o sexo, só que ainda vou ter que esperar mais um bocado. Pedi pra ela marcar uma ultra-sonografia para o sábado, pra eu poder acompanhá-la e ouvir o coraçãozinho do bebê”, horas após descobrir a gravidez da irmã. Welcome to the club, girl! E pra aplacar essa ansiedade doida, mês que vem será a vez de Isaac roubar a atenção do mundo e se tornar o elo entre famílias, corações e cabeças diferentes. E nunca mais haverá o “eu”...

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“O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você.”

Mário Quintana, meu querido escritor e poeta. Próximo post rechearei com poemas dele que não saem de mim, literalmente, pois carrego o livro na bolsa.

Quero mais, muito mais.

L.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Xorocotoca

Não sei de onde tiro tanta graça das coisas. No meio do turbilhão de ódios e mágoas, consigo passar o dia gargalhando como se fosse a pessoa mais despreocupada do mundo.

Tracei algumas metas ontem, e acredite se quiser, cumpri todas com louvor. Dormi não extremamente tarde e levantei só dois minutos após o horário determinado. Com tempo, o banho foi quase um ritual de purificação, lavei os cabelos e até o dedo mindinho ganhou atenção especial. A roupa, que já estava pronta, teve que ser mudada de última hora devido a chuva que apareceu mesmo sem ser convidada. Nada de pânico, um administrador tem sempre um plano B sob a manga. Tudo correu como planejado, até a chegada no trabalho na hora certa. Mas como o período é de tensão, todo fim de mês é assim, os esforços, pensamento e coração se concentraram na tarefa. Sim, até o coração colaborou. Somos 5 mulheres na mesma sala, assunto que nunca finda. Quando pensei estar prestes a enforcar alguém por causa do barulho que tirava minha concentração, o badalo do padre (como chamamos o sino da Igreja de Santo Antônio) tocou, anunciando a pausa para o almoço. Ainda assim, mais irritação com uma fila de restaurante, e aí sim, eu estava decidida a enforcar alguém. Com um pouco mais de espera, veio a salvação: o vinho. Ah, era disso que eu precisava! Propositadamente tomei com o estômago vazio, pra fazer efeito rápido, e deu certo. Logo estava de cara vermelha, rindo frouxo. Voltei pro trabalho com a missão de não me aborrecer mais, fosse qual fosse o motivo. Já passado o efeito do vinho, sobraram as risadas. Cada hora tinha um motivo: patricinha, nêga maluca, rouxinol, cofrinho, xorocotoca, mineirinho, bocão, xarope... rsrsrs Ganha-se pouco, mas a diversão é garantida!

Depois do trabalho, a prova. Não a prova, mas A Prova. Benefícios, o meu assunto. Posso ser desonesta com o mundo, mas jamais comigo. Não estudei e não deixei pra fazê-lo na véspera e nem minutos antes, fui com a bagagem de mão apenas. Primeira prova da turma toda junta, ansiedade geral, avisei logo: eu não colo. Tenho pavor de ser pega fazendo um troço tão ridículo, afinal, da porta pra fora seremos profissionais e no trabalho, não tem como colar. Folha na mão, bateu o medo: será que sei alguma coisa mesmo? Será que sou tão boa no que faço como imagino? Será que fui uma boa aluna da Mary? Peguei as 6 questões, das quais uma deveria ser eliminada e sentenciei: sei, sei, sei, sei, sei e sei. Ufa! rsrs Matei a mais chata de responder e caí dentro das outras. Em minutos tudo estava acabado.

*-*

Tenho duas sensações em conflito: de que algo acontece no submundo de onde saí e de que algo aqui na terra está para acontecer e me levar aos céus outra vez. Silêncio.

*-*

Fiz um balanço, e espero que tenham sido apenas coincidências: tudo de sério na minha vida – muito bom ou extremamente ruim – aconteceu entre agosto e novembro. Salvo um fato de junho, todo o resto que deixou marca, foi nesse período.

*-*

Diálogo malvado pá-pum:

_ Tô andando certo, trabalhando em três empregos pra ganhar dinheiro!

_ Claro. E eu tô estudando, porque alguém precisa mandar em quem trabalha.

*-*

As mudanças no blog vão continuar com força total, uma delas, importante, ainda está em fase de gestação.

A meta de hoje é dormir antes de 23:45h, um pouco a cada dia, pela qualidade de vida.

Previsão do tempo anunciou tempestade pra sexta-feira. Aqui dentro, é nublado, porém com ameaça de pancadinha de Sol. :-)

L.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sentido!

Disciplina é a palavra da semana. Hoje vou deitar antes de meia-noite, determinado.

O fim da noite de ontem foi extremamente desagradável, mas saí da tempestade forte e decidida. Pus uma coisa na cabeça: eu não tenho que ser como quem me magoa para dar a resposta. Pelo contrário. Sair com o primeiro idiota que aparecer pra não ficar só? Dizer que vai fazer e acontecer? Só demonstra a grande fraqueza. E eu não quero mais ser fraca. Estudar, essa é a palavra de ordem até o dia 01.10. Hoje foi a primeira prova, foi tudo aparentemente bem.

Levantei ainda atordoada e disse a mim mesma que mesmo que o dia não fosse feliz, também não seria triste. E não foi. Eu não deixei que fosse. Mas hoje não vai dar tempo de escrever muito, então apenas digo que ri muito, trabalhando e gargalhando. “Vai sentir falta de mim, sentir falta de mim...” – Alcione bombando no escritório! Hahahahaha Depois explico tudo isso com calma. Depois a prova. Quando acabei, vi que tinha alguns motivos para selecionar o nome de um homem-tapa-buraco no celular e realizar a “vingancinha” barata. Mas enquanto atravessava a Presidente Vargas, vi tanta gente correndo em direção a algum lugar, com algum propósito e percebi que eu tinha os meus também, e que nenhum deles tinha a ver com aquilo.

Tenho tanta coisa pra contar, coisas que acontecem, pessoas que evaporam, outras que ficam em negrito.

Quero contar, mas não hoje. O tempo está esgotado. Sábado, com calma.

Estou bem e serena, não há urgência ou medo em mim.

Com fé,

L.