quarta-feira, 30 de julho de 2008

Yeah, Yeah!

Hoje estou meio rock-punk. Close na imagem: eu de guitarrista, jubão enlouquecido pra todos os cantos, língua de fora, gritando “yeah, yeah!”. rsrs É o tempo, não tem outra explicação pro sentimento de hoje.

Sábado tive uma grande lição sobre coragem. Ou deveria dizer falta de medo? Saí com meu sobrinho pra dar o passeio, daqueles que estavam em falta entre nós e que nos faz tão bem. Depois do Mc de lei, embarcamos no metrô rumo ao shopping. No caminho comprei balas, as minhas e as dele, as que ardem e as mastigáveis. Pois bem, e como sempre, ele pediu pra comer meu chiclete. Eu neguei, é extremamente forte até mesmo pra mim. Mas só se eu não fosse madrinha dele pra não acreditar que ele fosse até o fim na decisão de provar o chiclete. E assim o fez. Em poucos segundos, a cara se contorceu, mas ele nada disse. E eu me divertia por dentro, pois sabia que devia estar ardendo demais, mas ele nunca admitiria. Não me contive e perguntei, ele acenou positivamente com a cabeça (não tinha como falar) e eu ofereci a mão pra que ele aliviasse o sofrimento. O chiclete saiu da boca quase intacto. rsrs Fiquei pensando... Foi assim com o limão e com a cebola. Ele queria experimentar, mesmo que eu o avisasse sobre o gosto e a possibilidade de não gostar. Eu estava certa, claro, mas ele não teve medo.

Chegamos ao shopping, a idéia era apenas dar uma voltinha, ver gente, mas logo de cara na entrada principal, foi armado um enorme emaranhado para crianças praticarem arvorismo. Em outras palavras: chamariz de gente levada. Eu tinha quase certeza de que ele não iria querer ir, era alto demais. Bom, eu tinha certeza absoluta que não queria que ele fosse! Rsrs Mas o pior aconteceu: “Tia, eu quero ir lá.” Não, aquilo era alto demais, não. Mas há bem pouco tempo eu li que os pais criam os medos nas crianças, punem-nas quando fazem arte e parabenizam-nas quando estão caladas e quietas. Isso faz com que a criança cresça retraída, tímida e medrosa. Então, o medo era meu e não dele. Fui até o balcão perguntar quanto era – e era caro lógico, porque criança levada dá trabalho e gasta muito – aí repensei: “Vamos conversar mais sobre isso?”, mas ele estava decidido a subir. Ainda tentei ponderar “vc vai só na parte da frente e desce, né?”, porém o meu eu-criança jamais se daria por vencido, não sem tentar e tendo alguma certeza de que seria legal. Então eu estava ali roendo as unhas e fazendo o que sabia que não poderia fazer. Paguei e quando olhei pra baixo, ele já estava na fila, descalço.

Meu coração estava disparado. Era eu que iria subir, obrigada, enfrentar o perigo, correr o risco de cair, me estabacar e morrer. Drama total. Lá no meio, aguardando a vez, ele já estava as voltas com um novo amigo e ambos riam, apontavam pro alto, olhavam onde teriam que passar e nenhum, entendam bem, nenhum lampejo de medo ou preocupação sonhava em passar por seus rostos. Na outra ponta, eu era a verdadeira personificação da aflição. Mas quando ele me olhava, eu reunia todos os pingos de coragem e sorria, ainda que soubesse que ele iria escalar aquilo tudo, com ou sem minha aprovação, queria que ele se sentisse seguro. É meu papel, deixar o terreno preparado pra ele ser feliz.

Passou por mim a caminho da escada e pediu um chiclete – aquele. Fiquei chocada. Lembrei a ele que ardia e ele disse “eu sei” – estava na pilha a criança. rsrs

E ele foi equipado. E subiu. Meu Deus!!! Não, eu não iria cometer o exagero de pedir a Deus pra cuidar dele. Por favor, Senhor..., sim, eu pedi. Estava ficando com raiva de mim mesma, quase histérica! E meu menino lá no alto, se divertindo a valer com tudo aquilo. Quando me olhava, um sorriso. Jamais saberá que a tia estava de pernas bambas.

E lá foi ele... pelo tronco, pela ponte, cerca, outra ponte e... a descida pela corda. A descida era o que mais me preocupava. Mas eu me saí bem, não gritei, não chorei, apenas subi e desci as duas escadas rolantes em segundos sem desgrudar os olhos dele, que desconfio nem ter prestado atenção em mim enquanto fazia a travessia.

Finalmente ele segurou na corda e... tchum! Estava seguro pela tia do brinquedo, pra tirar o equipamento de proteção, com a cara mais lavada do mundo e aquele sorriso mais gostoso da Terra que acabou com toda minha aflição. Quando saiu, apenas queria água. Não pude deixar de perguntar se ele tinha sentido medo. “Medo? Eu não!”, como se isso fosse algo de outro mundo.

Na saída sobrou pra mim carregá-lo esgotado. Com ele adormecido nos braços, fiquei pensando: uma criança de 6 anos acaba de me mostrar que todos os meus medos são coisas apenas da minha imaginação. Visualizei a praticidade que seria minha vida com menos medo. Fomos criados assim, eu e o pai dele, não era pra ter me tornado assim tão receosa.

Outro pensamento me ocorreu: ele é como o pai, não sente medo de nada. E isso me preocupa pois ele sabe que não há limites para nada que queira fazer. E realmente não há, nós nos impomos.

Nossa próxima aventura: andar de Kart. Pois é, pegamos um panfleto e ele não esquece por nada do papel que mostra a pista de kart na Barra. Essa vida certinha e regrada pode ser boa, mas aventura é fundamental.

Quero mais! rsrsr

Pensando bem, eu sempre gostei, o que faltava era a companhia pra embarcar nas doideiras comigo. Acho que já encontrei... rsrs

*-*

Quando um amigo simplesmente evapora no ar e esquece seu aniversário, significa que a amizade não é tudo aquilo que vc pensava?

*-*

No Media Player: Korn & Evanescence, rock na veia!

Sem medo, tema da semana.

L.

sábado, 26 de julho de 2008

“Era uma vez”

Ser honesto com outros é fácil. Difícil é mostrar-se verdadeiramente a si mesmo. Outros podem acreditar em suas palavras, pois não podem ver o que se passa em seu coração. Mas e você?

Uma das minhas habilidades mais praticadas é a de me esconder de mim mesma. Externamente, nada sinto, nada temo, nada me dói. Mas cá dentro, bem no fundo onde só eu sei existir, vejo a pessoa que realmente sou, que mergulha em dor com uma simples lembrança.

Há exatos 6 anos, meu sobrinho tinha apenas 1 mês de vida, eu era levada pelo mais puro instinto animal de proteção aos meus, a afrontar pessoas e suas leis e até mesmo, a afrontar meu sangue e a quem mais viesse apenas para tocar e ter certeza de tudo estaria bem com aquele ser que um dia fora meu, embalado em meus braços e em poucos anos, era meu motivo de tristeza profunda.

A dor de perder alguém que se ama, perder definitivamente, deve ser assustadoramente profunda e amarga. Dor essa que estive muito perto de sentir. Perto, tão perto, que seria capaz de sentir o sopro do projétil passando direto e indo alojar-se em outro corpo, o amigo. Maldita hora. Foram dois dias de intensa agonia, semi-desespero, medo quase tangente. Não me lembro de ter chorado na época, o alívio da não-perda somado ao medo pelo que poderia ter acontecido entorpeceram-me as demais emoções, não tinha mais tempo pra chorar, não consegui. Quando tudo acabou, olhei pro lado: ele realmente estava vivo, e como nos primeiros meses de vida, sentado em meu colo. No rosto, os danos físicos. Na alma, não sei, talvez um “foi por pouco”, bem típico de quem não nasceu pra temer o perigo.

Em mim, uma ferida jamais cicatrizada. E aí mora minha desonestidade com o mundo. Positivamente ninguém duvida de que isto seja episódio superado. Salvo uma vez, jamais deixei transparecer esta preocupação que me assombra dia e noite. Esta única vez, em que quase expus o que sentia, deu-se num cinema. Assistir ao filme no qual trabalhara meu namorado deveria ser nada menos que um prazer e um orgulho. Mas ao final do filme, as pernas tremiam, o mundo girava ao meu redor, precisava urgentemente de água. Na tela, um qualquer um dessa vida imunda de favela, tombava feito papel de bala, impulsionado por um pequenino projétil 38 milímetros. Saí do cinema amparada, bebi água, mas não passou de um “mal estar”.

Hoje, após uma desgastante semana no trabalho, energia concentrada nos projetos do futuro e o eterno medo com o passado, novamente um filme me fez sair de mim e perder o controle sobre os temores tão escondidos. Tudo ia bem, com as mortes, guerras e tudo que se vê ao sair na esquina de casa. O mocinho do filme se parecia com ele, especialmente o cabelo, os lábios e o nariz. O nariz é reprodução quase fiel. Tudo ia bem, eu disse. Menti. Nada ia bem aqui dentro. Toda vez é um universo que se revolve, monstros suspendem-se e atacam-se, dores, solidão, escuro num frio gélido é o que sobra no meio do nada. Tudo aqui dentro. Senti os membros retesarem-se quando o fim do filme aproximou-se, as pernas imploravam pra sair, a cabeça girava e os sons ecoavam grotescamente. Fora de mim, apenas um rosto sério acompanhava o desenrolar da trama, cujo final jamais poderia ser feliz para sempre. De repente, mas como já esperado – porque eu esperava isso? – o rapaz era pego pela força do projétil, que o arrancava de sua juventude. Daí em diante, o mundo todo se fez breu. O coração disparou, tirei de cima dos ombros o braço que me envolvia. Estava sozinha e perdida outra vez. Poderia ser ele... Poderia ter sido assim. Desisti, me permiti ser honesta comigo mesma, não escondi o medo, ou melhor, o pavor de ter estado tão perto de perder alguém que amava, de forma tão estúpida. Uma a uma elas vieram, de início silenciosas, mas apenas as primeiras. Em segundos, o corpo todo tremia alucinadamente e os soluços sacudiam-me ainda mais forte. Deixei que acontecesse, mas também não haveria outra forma, não conseguiria me parar, não tinha jeito. O medo aprisionado em mim tomou forma, saiu e passou derrubando o que via pela frente. Um temor infinitamente profundo de que todos os sonhos e amores tornem-se apenas lembranças de anos em paz. Parei de enganar a mim mesma, deixei que o medo saísse e como se quisesse mostrar o quanto era forte, arrebatou-me o corpo, me deixando em lágrimas e sofrimento pelo que nunca aconteceu. Quando acabou, o cinema estava vazio e lá distante, um funcionário aguardava e talvez pensasse que eu estivesse me emocionando com o final trágico do filme.

Saí do cinema ainda com o corpo em espasmos, algo extremamente forte havia acontecido comigo. Mesmo sabendo que era um filme, sabia que precisava ter certeza de que tudo estava bem. Liguei pra ele, estava tudo bem, na casa da família. Ao ouvir a minha voz, ele se preocupou, mas eu garanti que tudo estava bem. “Aconteça o que acontecer, eu te amo, muito e pra sempre.”

Na rua estava frio, mas em mim estava mais e os tremores não eram do frio de fora, mas sim de dentro. Ouvir aquela voz e saber que tudo estava bem me acalmou.

Agora tudo está bem. Minha imensa felicidade é saber que o amor é predominante em minha vida, estando junto ou separado. As lembranças serão inevitáveis, mas a criação de momentos de amor para sobrepô-las só depende de mim.

E tudo estará bem, enquanto estiver bem. :-D

L.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Notícias

Aqui estou de volta, distante desde o aniversário, não por vontade, mas por falta de tempo. Meu tempo ultimamente tem sido gasto na desgastante tarefa de sentir o peso do trabalho.

Ainda não estou em condições físicas e emocionais de escrever o que vocês realmente merecem e gostam de ler. Peço perdão por isso.

Volto em breve.

L.

sábado, 12 de julho de 2008

2.8 com emoção!

Hoje, Dia Internacional dos Lindos – 12 de julho, completo 28 invernos. Ouvindo Sarah McLachlan, voltei anos e anos, aos mais saborosos invernos e aos mais infernais. Foram alegrias imensas, tristezas profundas, mas o saldo é positivo. Sempre será enquanto viva eu estiver.

Não vou fazer um balanço, tampouco pretendo relembrar os “bons” tempos. O melhor tempo é agora, neste minuto enquanto minhas idéias transformam-se em letras no fundo branco.

Quero apenas colocar os joelhos na terra e com todo o meu ser, agradecer ao meu Maravilhoso Deus por mais essa oportunidade, por completar mais um ano, ao lado dos que amo e que me amam, com muita vida, saúde e a certeza de uma vida recheada de histórias pra contar.

Sou a canceriana mais canceriana de todas que conheço, amo, choro, sofro, sinto ciúme e tristeza em potência máxima. Tenho talentos e inteligência. Trabalho, estudo, escrevo. Armo barraco, peço silêncio, brigo pelos meus, brigo com os meus, gargalho, cozinho, vejo e sinto coisas sobre-humanas, deleito-me com o bailar de borboletas.

Essa intensidade toda de vida pede uma comemoração a altura. Mas nesse ano decidi não fazer festa. Minha vida é uma festa por si só. Neste aniversário, pedi a Deus apenas que me permitisse passar meu dia com saúde. Apenas isso. Não estou triste, não. Pelo contrário, estou feliz e a felicidade é serena, sem euforia, sem a necessidade de estar rodeada do mundo, de todos os amigos, dançando. Não me entendam mal também. Quero sim, todos comigo, mas muito mais que do meu lado, desejo que mesmo de longe estejam com o pensamento positivo em mim.

Hoje, meu aniversário, agradeço de coração a todos os amigos e leitores que já me mandaram felicitações via e-mail e Orkut desde ontem, e antecipadamente agradeço aos que ainda mandarão.

Ele me perguntou “Você vai ao mundo outra vez, quer viver com ou sem emoção?”.

Obrigada, Meu Deus!

L.

sábado, 5 de julho de 2008

Garota Zona Sul

A madrugada começou e eu ainda não entendi direito o que meu coração me manda escrever. Lá se foi a sexta-feira, Mariah inunda o quarto com a voz antiga, cheia de emoção e forte, profunda. Quero dizer que estou bem e que não estou. O dia foi bom, proveitoso e produtivo.

Acordei cedo, como todos os dias, minutos antes de começar a ficar atrasada. Os celulares despertam e eu, sonambulamente, há três dias os chamo de alimentação e refeição. O trabalho definitivamente tomou conta de minha vida. Ao desligar os despertadores, ainda no limbo entre o sono de cansaço e a responsabilidade que me aguarda, a primeira coisa que vem a mente são os benefícios dos funcionários, cartões alimentação e refeição. Quando finalmente desperto, já a caminho do banheiro, rio sozinha, diante da realidade complicada que me envolve e toma até meus minutos de descanso.

Os banhos são demoradamente obrigatórios, com sabonete especial, não mais o meu querido Dove. Tinha esquecido como a água de casa é quentinha... Dia desses, ainda muito atordoada com tudo que me acontece, levantei e ao invés dos chinelos, calcei a sandalinha rasteira que uso para... trabalhar! Só quando acabei de me banhar é que olhei pra baixo e percebi que o solado não estava macio como a Havaiana branca.

A roupa é cuidadosamente passada. Sem a obrigação quase religiosa de usar peças sociais, a liberdade de escolher o que me der vontade me deixa com um leque bem maior de opções. Lanço a calça jeans com blusa e salto alto, jogo o casaco preto-básico por cima e vou, literalmente, à luta.

Hoje eu tinha uma missão. Árdua missão. Sacar um cheque no shopping. Primeiro dei um princípio de ataque de pelanca porque o cheque não estava lá na hora certa, mas no final, tudo deu certo. Chovia torrencialmente na cidade quando saí do trabalho rumo ao local de perdição. O caos total: motorista brigando com os passageiros, trânsito parado, muita gente molhada e estressada. Tão logo o ônibus cruzou a divisa entre Centro e Zona Sul, o céu pluft! abriu-se como mágica. Por isso gosto da Zona Sul, lá tudo é aberto, animado, admirável. Quando terminei, olhei bem pro shopping, acostumada demais a ele, decidi gastar meu horário de almoço em coisas mais produtivas e menos fúteis que comprar o 835º par de sapatos no Rio Sul. Fui ao salão.

O que é o calçadão de Ipanema numa tarde de sexta-feira? Minha passarela. É bem verdade que a massa da Zona Sul é branca e esquálida, logo, eu sou a rainha em terra de cego. Todo o aborrecimento da manhã foi compensado com o arrastar de olhos que eu provoquei, ao caminhar firme e rapidamente pela Visconde de Pirajá, sob o Sol que nunca abandona aquela terra. É, há uma semana de ficar mais velha, constato que não basta poder comprar uma calça jeans de grife nas lojas caras de Ipanema. Tem que poder enchê-la.

Ego nas alturas, dediquei-me a tarefa de esticar as pernas sobre o puf do Instituto, tomar suco e ler enquanto Andrea cuidava do meu cabelo. Do meu lado direito uma parede de vidro era tudo que me separava da vida agitada de Ipanema e por onde eu via a luz do Sol ainda aquecendo o dia. Enquanto fosse dia, tudo estaria bem. Saí de lá com as madeixas balançantes, rumo ao trabalho novamente.

De volta à vida real, chata por sinal, pois de verdade a chuva estava só no Centro, tomei algumas decisões. Mas eu precisaria de um casaquinho branco. Depois as unhas. Impressionante o poder curativo de unhas feitas. Mais um x-tudo e uma boa dose de gargalhadas, foi o que bastou pra organizar as idéias e me parabenizar por minha crescente paciência.

Outra vez, meu padrinho e amigo Thiago, peça fundamental nessa semana internamente confusa. Se um dia eu me esquecer de dizer, obrigada por tudo, principalmente por acalmar e animar. “Finge que ta emocionada” rsrsrs

No Media Player: Sarah McLachlan – Angel.

Maravilhoso fim de semana pra todos!

L.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Eu sou você... hoje!

Sou mesmo uma mulher privilegiada. Quem não me ama, diz que não ama, mas não me esquece. E quem não nutre nem um sentimento nem outro, no fundo gostaria de ser eu.

Ultimamente não tenho mais entrado nos últimos visitantes do Orkut, perdeu a graça, afinal, ou são homens curiosos e esfomeados, ou suas namoradas. Um saco só! Mas não sei porque, resolvi entrar ontem. Nunca me dou ao trabalho de ler perfil, só vejo se é amigo ou não. Mas não sei como, talvez uma frase solta, aquele me chamou atenção. Clique na foto pra ampliar:

Perceberam?

Lembraram?

ELA COPIOU A DESCRIÇÃO DO MEU PERFIL!!!

Na hora, ri e fiquei feliz de estar sendo mais uma vez, copiada. Assim como minha mensagem de Natal anos atrás. Mas fui olhar mais a fundo: até a parte pessoal a garota copiou!!! Fiquei confusa. Depois com raiva. Deixei um recado pra ela. Voltei, deixei mais um. Não satisfeita, voltei pela terceira e última vez e deixe O Recado.

Copiei as imagens, mas não consegui salvar. Não sou ninguém sem meu Photoshop, formatei a máquina e perdi. Só no Paint, o velho Paint é que salvou, mas quando fui refazer as imagens, ela tinha tirado tudo. Cretina. Temos três amigos em comum, todos do Bairro de Fátima, mas não me lembro dela.

Agora que a raiva já passou, fico pensando. Ela não faria isso com qualquer um, com um texto bobo. Se copiou, foi porque minhas palavras, de alguma foram, foram importantes pra ela.

É... talvez seja a hora. Não sei.

*-*

Hoje, apesar de tudo, foi um dia legal. Não chorei, não pensei em coisas tristes. Algo deu errado, mas não perdi a esperança.

Deixa arder, Lili! rsrs

Findi chegando... No plains, babe. Let it rain.

L.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aventuras: recomeçar é preciso!

Quando estou feliz, os textos ficam subjetivos, porém imprimo neles todas as cores da minha felicidade. Quando a dor chega, tudo que sai é cinza e positivamente profundo. Mas quando estou assim, perdida, nenhuma letra ou palavra é capaz de se juntar decentemente a outra e formar algo legível. Mas quero tentar.

Algumas pessoas ficaram preocupadas de verdade, deixaram mensagem no Orkut, no celular, ligaram. Apesar de não estar legal, gosto desse paparico que a tristeza proporciona, é como uma compensação pelos momentos ruins. Ontem ganhei dois abraços maravilhosos, tão diferentes e tão igualmente reconfortantes. Nossa! Na verdade, acho que estar bem é ajudar os outros que não estão e estar mal é receber de volta essa ajuda.

Segunda-feira, conversando com um amigo, relembrei de coisas legais e mesmo não estando bem, no dia seguinte fui atrás dessas lembranças boas, porque se o presente não é bonito, ah, o passado foi e merece ser recordado. Catei mais de 40 fotos, recortes do meu rosto e montei dois álbuns no Orkut. Como eu calculei, a quantidade de visitantes mais uma vez bateu a casa da centena. Rever aquelas imagens, voar de volta pro seio da região dos lagos, sentir o cheirinho da brisa marinha da minha lembrança foi o que me ajudou a recarregar a energia positiva.

As diversas viagens, os passeios, bailes e farras em geral. Como eu me divertia!

Em Búzios, numa curva fechada e com um motorista perigoso, quase voei pra fora do bugre! Hahahaha Só me lembro do grito na escuridão da rua de paralelepípedo. E das infinitas gargalhadas logo depois de perceber que não tinha caído, estava sã e salva. Quer dizer... rsrsrs No dia seguinte, passeio de barco pela costa. Lindo, eu de madame tomando banho de nuvem no meio do barco. Dia nubladão e eu de Rainha de Zamunda, com óculos escuros e tudo. O barco atracou na praia, onde nos deixou pra almoçar e curtir, voltaria em minutos. Almoçamos, tomamos banho nas águas morninhas, o céu foi fechando, o frio batendo e nada do barco. Horas se passaram até constatarmos que éramos náufragos perdidos na Praia da Tartaruga. Quando ameaçou chover, ele chegou pra nos resgatar, com a cara típica de pirata e eu, Rainha verde de frio, não tive coragem de voltar tirando onda. Na volta pra casa, enjoei, um grupo de moleques fazendo zona e um estressado do lado. Dormi e acordei do sonho na Perimetral.

Em Petrópolis, pela primeira vez, vivi a maravilhosa sensação de ir atrás do desconhecido. De saia jeans, camiseta, jaqueta e um livro, lá fui eu fazer o Mochilão MTV. Um dia lindo de Sol no Rio e por trás das montanhas um frio de doer. E eu de sainha. rsrs Pra onde vai? Como? E agora? Logo eu, tão chata com organização, só saía se tivesse hora, local, todo um aparato de segurança. Fui pega pela mão, no melhor estilo “vombora” e fui parar numa cidade desconhecida e fria. Claro que não foi tão perfeito assim, eu não iria me tornar uma criatura aventureira e compreensiva assim fácil. Chiei quando me dei conta que não teria um quarto, banheiro e cobertor. Não queria ficar andando, queria achar uma lan house, pedir socorro ao Google pra encontrar um hotel, bem ali, na rua onde estava. rsrs Frescura pouca é bobagem. Fui carinhosamente obrigada a desistir, porque bater pé não iria adiantar e tava frio pra chuchu! Andamos a esmo pelas ruas, pegamos guias turísticos na praça e... ameaçou chover. Nãaaooo!!! Entramos no shopping e meu bico crescendo assustadoramente. Quando a enxurrada de reclamação ia começar, eis que surge na nossa frente um maravilhoso hotel, como oásis no deserto de portas abertas e serviçais sorridentes e saudáveis nos convidando a entrar. Nem conversei, era caro pra caramba, mas nada paga fazer xixi sentada no vaso sanitário. Ir sem dinheiro também era parte da aventura. Mas não nasci pra isso, sou do luxo, preciso desesperadamente de conforto e segurança. Passei no banco e resolvi meus problemas. Depois do quentinho banho, só um edredom ultra mega grosso pra finalizar essa história doida de aventura. Que Mané aventura! Quando levantei da cama, banhada em suor, vi que lá embaixo a cidade escorria. A chuva levava tudo que encontrava pelo caminho e eu agradeci a Deus por ser uma mulher fresca. Com frio, sem dinheiro e com lama no joelho? Nunca! A noitinha foi boa, curto passeio pelo Centro, pois a chuvinha chata não cessava. Encontrei minha lan house, mas que chatice!, caiu uma árvore em cima do telhado da casa. É... o fim da noite teria que ser mesmo com chocolate quente, debaixo do edredom. No dia seguinte, catei tudo que podia ser comprado na Rua Tereza. Que delícia! Fui só com uma bolsinha e voltei com sacolas e sacolas, feliz e satisfeita com meu Mochilão MTV Luxo.

O carnaval em Saquarema tinha tudo pra ser triste, crise no relacionamento. Tudo decidido dias antes, na última hora, como todas as viagens. rsrs Dois ônibus e um táxi depois, lá estava eu sob o escaldante Sol do Centro. A cidade em festa e eu de cara baixa, magoada. Depois do almoço, incenso no quarto, o cheirinho que eu não lembro mas ficou gravado como cheirinho de Saquarema. Explorar a cidade, cachorro quente à noite, bloco, nada disso melhorou o clima. Estava pesado. No dia seguinte, praia. Sol no auge, eu doida pra acabar aquela tensão e ganhar aquele apertão na cintura. rsrs Ser turista é sinônimo de ser bem tratado. Eu estava tão aborrecida que aceitei tomar cerveja. A pele foi ficando preta, a cerveja subindo, o corpo “ao ponto” douradinho, em algumas horas eu estava longe, bem longe. Tudo ficou bem. A noite foi deliciosa, as pessoas estavam felizes. E o carnaval acabou na Lapa, já de volta ao Rio, imitando meu vô Marola “ô minha neta...” hahahahah


Maricá e suas praias desertas e completamente escuras.


Relembrar, viver de novo. É bom pra me conhecer melhor, já sei que amo viajar, que preciso de pessoas divertidas do meu lado, alto astral, que reclamação não resolve nada e sim dinheiro (rsrs) e melhor de tudo, não se vai muito longe sem amizade leal e sincera. Você pode até estar brigado, mas a amizade sempre prevalece quando é verdadeira.

*-*

Minha vida é feita de fases. Há épocas em que estou amando tudo e todos, em outras me distancio, me fecho na ostra. Hoje estou de longe observando. A noite de segunda-feira foi complicada, doeu muito ver coisas e entender que não existe nada que se possa fazer quando a desonestidade toma o lugar da amizade. Fui forte, sou forte. Estou analisando tudo, procurando não pensar muito, o que é bem difícil, segurando nas mãos que se estendem a minha frente. Todos os dias a janelinha do MSN pula e mesmo mega ocupada, leio e vejo que havia escolhido o melhor padrinho de todos. Ele me acalmou quando eu chorei, mesmo do outro lado do monitor, me ajudou a entender que nada nesse momento poderia resolver o problema, só quando eu estiver calma de verdade. Sim, a calma vai chegar e com ela, a distância e indiferença.

*-*

No Media Player: Mamonas Assassinas. “Atenção Creuzebeck, ao top de 4 já vais – já já já já vai!”. Hahahahaha

*-*

Lucille, muito obrigada por seu empenho em resolver meu problema.” – Isso é meu pagamento, meu orgulho de levantar todos os dias cedo, passar horas intermináveis em frente ao computador, quebrar a cabeça, a unha, ligar, cobrar, correr contra o tempo, comer correndo e sair do trabalho as 20:00h. Vindo lá de Salvador - Bahia, esse e-mail foi o motivo da lágrima que escorreu pelo canto do olho ontem. Esse é meu ofício, é a profissão que abracei, é parte da minha vida. Foram duas semanas na crueldade do tempo que jogava contra, mais a bagunça federal da criminosa (literalmente) que estava lá antes de mim. Mas eu consegui, com muita dificuldade dei conta do meu recado, com uma equipe boa e a colaboração da galera das bases. Obrigada, meu amigo, é pra isso que estou aqui.

*-*

Aquela pergunta básica e martelante de todo ano já começou: “Vai fazer o que no seu aniversário?” Acostumei o povo a farra todo ano, deu nisso. Não quero muita coisa, não. Esse ano abri mão das rosas azuis, dos livros, CDs, DVDs e da festa. Só quero estar bem no sábado, dia 12. Depois do aniversário tem show do Pedro Mariano dia 19, queria ir. Mas no meu dia mesmo, só quero acordar, ganhar aquele delicioso beijo da minha mãe, o primeiro e mais gostoso parabéns do dia, desde que meu mundo é mundo. Quero que o dia seja ensolarado, que meu estômago não doa, que meu coração não sinta saudade, que meu rosto esteja limpo, que meus amigos estejam felizes, que minhas famílias tenham saúde, que meus afilhados vivam no amor, que a paz do meu Deus seja gloriosamente presente durante todo o dia.

Mas se chegar uma rosinha azul... rsrs

*-*

E lá foi ele, rumo a mais uma aventura, no melhor estilo Mochilão MTV Pimpin’. rsrs Vai dar tudo certo! Boa viagem e boa sorte para o mais novo homem do mar. Que Deus te proteja sempre.

*-*

E aqui fico eu, catando meus caquinhos, me preparando para entrar no vigésimo oitavo ano de vida, com o pé direito e deixar pra trás tudo e todos que não compartilham da minha alegria de viver.

Entendam uma coisa: quando uma história termina, é fundamental que outra comece imediatamente.

E eu... ah, eu creio em Deus Pai todo-poderoso!

Fiquem em paz.

L.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Vejo e ouço aquilo que toco

Cinestesia

do Gr. kínesis, movimento + aístesis, sensação

s. f.,

sensibilidade aos movimentos.

Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

Cinestésico, segundo autores sobre comportamento humano, é a pessoa que têm mais facilidade de “entender” e se fazer “entender” pelo contato físico, pelo toque. Há os visuais e os auditivos, pessoas que possuem melhor percepção com o que vêem e com o que ouvem, respectivamente.

Eu sou mais de ouvir e falar com as mãos. Mãos, pernas, cabeça, costas, barriga... Sentir é meu verbo. Dar carinho, cafuné, alisar, apertar, pegar, tocar, arranhar, bater, morder, beijar, agarrar, abraçar. Verbos auxiliares. E não poder fazer isso, me faz sentir inútil, impotente, amordaçada. Quero sentir o corpo, tocar a voz que me questiona, abraçar quem me pede carinho e não posso. Sei que é só uma fase, mas é duro, me amedronta às vezes. Quero me aninhar num abraço enorme e preto, ganhar um cafuné no cabelo, entortar a coluna e ficar na pontinha do pé pra alcançar o pescoço de quem me beija. Mas não posso e isso me isso me corta a alma.

Essa semana foi pedreira, em vários momentos o mundo ficava vazio, só eu e um silêncio total, uma solidão de doer. E doía muito. Me vi no meio da Av. Suburbana, com dois celulares, carregados e com crédito, ônibus à vontade e perdida. Completamente sozinha e perdida. Por algumas horas perdi o rumo, não sabia pra onde ir, a quem pedir ajuda. Fazia muito frio... Dentro e fora de mim. A 1h da manhã eu seguia para um lugar perigoso, sozinha, com frio e medo, mas com Deus no coração, para comprovar, mais uma vez, minha infinita idiotice. Deitei, olhei a foto de papel de parede do meu celular e chorei copiosamente, feito criança, de uma saudade dolorida da minha mãe.

Estar longe de quem eu amo e perto de quem não me ama, me tira o chão, faz com que me sinta desprezada, abandonada.

Quero voltar a ficar perto de quem me dá carinho, mesmo tendo receio de chegar muito perto. Mas quero saber que o poder curativo do amor está por perto. Preciso de ajuda, pois sei que a doença tem um fundo emocional, ainda mais em mim, onde racionalidade passa longe. Hoje conversei com 4 pessoas, e cada uma delas, que não falava há muito tempo, me devolveu um pouquinho do ânimo, da força.

Hoje também tive outro baque. Uma pancada forte, exatamente como foi em fevereiro do ano passado. Pra mim, uma pessoa pode ter todos os defeitos, mas jamais vou entender a desonestidade. Jamais. Chorei e logo depois o telefone tocou. Há quanto tempo eu não falava com aquela criatura no telefone! Gosto de falar com quem me faz rir, até mesmo de mim. Logo depois, a ligação que me tira do sério e ao mesmo tempo, alegra. Não adianta, na arte da argumentação, sou mais eu! Gosto de quem tenta me enfrentar, mas vê que não pode e termina assunto com “vai tomar banho!”. rsrs

Fico aqui me questionando profundamente... Porque será que um ser humano sente tanto prazer em fazer o mal gratuito? Qual deve ser a sensação de magoar alguém que vira céus e terras pra tentar melhorar um pouquinho que seja a sua vida? Será que não pensa que magoar quem te quer bem é pecado? Não sei exatamente o que escrever, ainda me sinto tonta com a pancada, não posso emitir um julgamento definitivo. Sei apenas que, alguém que se preste a este tipo de papel, não merece viver em comunhão comigo. Sendo assim, eu me mantenho longe o suficiente para não assistir ao degradante início do fim de alguém.

Aniversário semana que vem. O que eu quero? Saúde. Nada mais.

Amanhã será um dia melhor, tenho certeza.

L.