domingo, 24 de fevereiro de 2008

1980 - 2002 Coisas que só mudam de endereço

Essa sou eu...

... com 22 anos a menos, calças, pele mais clara e alguns centímetros a menos.

Se eu não te amasse tanto, não acreditaria que Deus te mandou pra me fazer sentir tudo o que eu provoquei nessa idade. Mas, enfim, eu amo profundamente e vejo que isso é a Lei natural do retorno. Se tivesse saído de mim, não seria tão igual.

Amo-te, Daniel. Amo-te.

L.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"Fazer valer a pena"

"de repente, por trás de tantos estereótipos exista aí, bem na raiz, uma Lucille doce"



É... É possível que você esteja certo. Mas as agruras da vida me endureceram, encaparam-me com grossa camada de incredulidade. Um dia achei que poderia enfrentar tudo, que Tudo foi acontecendo sem que eu me desse conta do mal que me causava estando ao lado de pessoas pequenas, más por natureza. Cada um tem uma missão nessa vida, uns nascem para semear o bem, outros pra testar paciência, pra testar força de outras pessoas. Já falei sobre isso aqui. Quem me fez o mal gratuitamente, sabe hoje, tenho certeza disso, que nada valeu à pena.

De que vale mentir, se o maior enganado é o enganador? O mentiroso acredita no que diz e vive num mundo de falsidade.

De que vale trair, se ninguém é de ninguém? O traidor quer a todas, mas no fim, todas o deixam sozinho. Porque ninguém é dono de ninguém.

O que vale a pena é conhecer, buscar, aprender, desejar e realizar. Vale à pena sair na chuva e voltar pra casa molhado, mas com a certeza de ter aproveitado tudo o que podia dessa vida. Vale à pena rir de si mesmo quando algo sai errado, afinal, já se sabe de quem é a culpa. Vale à pena tentar de novo. Ser feliz sempre!

Não quero endurecer de vez. Busco a leveza, o vôo constante dessa bela borboleta azul. Quero escorregar por entre nuvens coloridas de sorrisos, agarrar-me a um desses dias de sol e voar contente para a terra dos corações ocupados pelo Infinito Amor.

Sorria mocinha. Há muito que viver ainda!

*-*

L.

Obs.: participação especialíssima no texto do amigo Dr. Q.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Músicas e pensamentos

Meu Mundo E Nada Mais

Guilherme Arantes

Quando eu fui ferido Vi tudo mudar Das verdades Que eu sabia... Só sobraram restos Que eu não esqueci Toda aquela paz Que eu tinha... Eu que tinha tudo Hoje estou mudo Estou mudado À meia-noite, à meia luz Pensando! Daria tudo, por um modo De esquecer... Eu queria tanto Estar no escuro do meu quarto À meia-noite, à meia luz Sonhando! Daria tudo, por meu mundo E nada mais... Não estou bem certo Que ainda vou sorrir Sem um travo de amargura... Como ser mais livre Como ser capaz De enxergar um novo dia... Eu que tinha tudo Hoje estou mudo Estou mudado À meia-noite, à meia luz Pensando! Daria tudo, por um modo De esquecer... Eu queria tanto Estar no escuro do meu quarto À meia-noite, à meia luz Sonhando! Daria tudo, por meu mundo E nada mais

Um Dia, Um Adeus

Guilherme Arantes

Só você prá dar A minha vida direção O tom, a cor Me fez voltar a ver a luz Estrela no deserto a me guiar Farol no mar, da incerteza... Um dia um adeus E eu indo embora Quanta loucura Por tão pouca aventura... Agora entendo Que andei perdido O que é que eu faço Prá você me perdoar... Ah! que bom seria Se eu pudesse te abraçar Beijar, sentir Como a primeira vez Te dá o carinho Que você merece ter E eu sei te amar Como ninguém mais... Ninguém mais Como ninguém Jamais te amou Ninguém jamais te amou Te amou... Ninguém mais Como ninguém Jamais te amou Ninguém jamais te amou Como eu, como eu...

Muitas coisas foram ditas aí em cima. Pra bom entendedor...

Mas há que se clarear: não há sofrimento. Apenas esperança num dia melhor.

L.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Montanha Russa

O dia foi atípico e engraçado. Acordei com dor no corpo, chateada por não ter saído sábado e a noite prometia e muito. Mas... Havia um peso morto do meu lado, quase intransponível. Quase.

Saí da cama pra me aborrecer. Porque eu saí? Tem momentos na vida que deveriam ser cuidadosamente analisados, e um deles é justamente levantar da cama. Pode não ser um bom negócio. Neste caso, foi péssimo.

Fiquei mal, mais chateada ainda. O pior do meu aborrecimento é saber que ele é causado porque eu quero, porque permito. E tome reclamação, discussão... Afff... Veredicto: culpada de tudo, sempre!!!! Cansada demais!

Quer saber? Passa amanhã.

Passei uma tarde ruim, triste. Início da noite ficou mais ameno, rindo. Depois caiu a tempestade. Temporal feio, com raios, trovões. Na esteira, uma febril discussão por telefone. Se fosse ao vivo, seria o caso de cortar os pulsos. Alheios.

Voltei a ficar triste...

Pra piorar a situação, meu bebê ficou doente. Uma dor lancinante percorria-lhe o corpinho frágil e me matou ouvir “Titia, ta doendo”. Faz-me sentir tão lixo, tão inútil nesse mundo...

Sem saber o que fazer e sem querer, descobri uma grande mentira, que me levou finalmente as lágrimas. Sabia que não deveria ter saído da cama... Mas foi um choro rápido, apenas uma tapa na cara pra acordar. Saí do torpor do dia ruim e determinei que tomaria as rédeas da minha felicidade.

Há uns meses atrás eu ouvi “você ainda vai namorar comigo” e, lógico, não dei confiança por estar comprometida. Mas a nova realidade que se anuncia é bem-vinda.

O final da noite foi bom, quase ótimo. Ri e gargalhei desenfreadamente. Então me deixei levar madrugada adentro, revivendo uma experiência deliciosa que há muito não tinha: conversar francamente com um amigo. Um amigo novo, um novo amigo, gentil e engraçado demais, que mesmo longe segurou minha mão e me confortou quando meu pequeno foi pro hospital e a angústia tomou conta de mim. Acho que Deus sempre vai me mandar esses anjos, pra me animar quando tudo parece perdido. Só posso agradecer.

E-mail da Fê, gigantesco, forte e pesado, do jeito Fernanda de estraçalhar alguém. rsrs Nenhuma inverdade, nem exagero. Li e reli. “Que isso, Lucille?”. Me fez acordar mais ainda. Outro anjo da minha vida.

Agora bem no alto da roda gigante, vejo que não posso tratar minha vida como um parque, onde deixo os palhaços fazerem o que bem entenderem. EU sou a dona da história! Eu decido quem será a atração principal do meu parque.

Neste momento, decido voltar a ser ESTRELA. Está determinado.

E que venha o 4º período! Faculdade com todo vapor à frente!!!

L.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Superfly and so sexy

Tem dias em que o Sol bate no rosto, o calor aumenta e nasce uma forte sensação de quem nem tudo está perdido. rsrs ;-)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A História da Faca e do Espelho – parte 3

O dia seguinte é sempre a pior parte de qualquer momento especial, seja ele bom ou ruim. O meu não seria diferente, dormi até bem tarde e quando me sentei ao computador pra enfrentar a realidade, lá estava ele. O que dizer? Então vamos lá, talvez não falar seja a melhor saída... Não, nunca é, mas naquele redemoinho de sensações e descobertas, as palavras se tornaram desnecessárias, havia sido bom e ponto final.

Conversamos bastante e havia a possibilidade de nos encontrarmos de novo, no mesmo local e horário, mas desta vez eu teria que ir sem Cátia, o que não me agradava muito, já que ele iria trabalhar e eu passaria boa parte da noite sozinha naquela selva de hiphopeiros-gangstas-tupiniquins. Apesar do tentador convite, fiquei em casa, maquinando uma forma de acabar com aquela palhaçada. Eu não podia e não devia sentir nada por aquela criatura! Nada a ver nós dois, água e óleo completos. Mas por mais que eu tentasse me punir, achar algo de feio ou sujo nos beijos que dei e recebi, por mais que quisesse rabiscar aqueles momentos, o desenho já havia sido colorido e eu não parava de pensar em tudo aquilo. E pior ainda: não parava de querer mais.

No domingo, lá fomos nós novamente. Só que dessa vez levei outros dois cúmplices: irmão e cunhada. Apesar de temerosa, marquei de encontrá-lo sozinha e deixei que os dois nos esperassem na porta do Armazém. Quando cheguei à Lapa, encontrei-o com uma pequena barra de chocolate pra mim. Mas que pena! Era chocolate branco, logo o que não gosto. rsrs Boa tentativa. Após um breve estalinho, mega tímido de ambas as partes, rumamos para nossa noite única, já que dessa vez ele não iria trabalhar.

Entramos no Armazém, já os 4 e eu, acho que estava escrito, fui a primeira a atravessar o portão. Logo de cara, o ex. Seria a primeira vez que ele me veria com alguém, eu não sabia se estava pronta, se queria ser vista, o que sentiria, se aquele era o cara certo pra ser vista do lado. Mas respirei fundo, fingi que não o vi, endireitei o corpo dentro do short branco pra me sentir ainda mais gostosa, e me deixei ser abraçada na frente de todos, inclusive dele, sem o menor receio do que viria depois. Porque eu faria o depois.

A noite foi nada menos que mágica. Andamos de mãos dadas, rimos, vimos e ouvimos. Ainda havia um enorme muro invisível entre nós, mas parecia que aos poucos a vontade de escalá-lo ia ficando mais forte. Novamente um show dos Racionais. Meu coração apertou tanto que pensei que fosse desmaiar quando cantaram Vida Loka parte 2. Por três motivos: primeiro, porque é a música que me lembra meu irmão, a quem um da quase perdi, por muito, muito pouco, e que agora estava ali do meu lado, alto, bonito e forte, cantando e dançando feliz. Segundo, porque era uma vitória pessoal. Quando descobri que o ex estava saindo com uma amiga minha (amiga?), decidi esquecer o coração e agir, pegar de volta as rédeas da minha vida e ir atrás do que de fato me fazia feliz, e esta música pontuou este momento. Enquanto os dois estavam no show dos Racionais, no Circo Voador, eu saía da faculdade, super cansada e triste, após uma prova da faculdade. A prova me voltou com um perfeito 9,0 e a certeza de estar no caminho certo. E terceiro, porque ali estava eu, me sentindo finalmente uma Guerreira vitoriosa, ao lado de uma pessoa legal, que estava participando daquilo tudo comigo, mesmo sem saber.

O final da noite, que já não era noite, mas sim um fantástico chuvoso dia de trabalho (!) é algo a ser eternizado. Espero conseguir traduzir em palavras todos os sentimentos daquela manhã.

Ele me levou até em casa, pra tomar banho e trocar de roupa, já que não daria tempo de dormir, afinal, eram nada menos que 7h da manhã de segunda-feira. Paramos no caminho, pra descansar e aproveitar os últimos minutos com beijos que pareciam últimos também. Não havia mais chuva, nem haveria trabalho depois. Havia um vão, um espaço descoberto, um vazio a ser preenchido. Havia a respiração de ambos, que se tornou única, havia, no entanto, dois corações batendo em ritmo alucinado, mentes com mil respostas pra poucas perguntas. Um beijo se fez presente, minha cabeça girou em cima do pescoço, meus braços apertaram-no no afã de nunca mais acabar, ou de morrer ali e eternizar aquele maravilhoso momento. Nos olhos, estrelas brilhavam incessantemente.

Aquela segunda-feira tinha chuva apenas na cidade. Aqui dentro, havia um paraíso redescoberto, pássaros voavam e cantavam sua melhor canção de felicidade.

Ele era o homem que eu queria? Definitivamente, não. Mas se tornou o único com possibilidade real de me fazer feliz. E estava conseguindo. Em um mês estávamos namorando.

Se alguém me dissesse que isto estava escrito no livro de Deus, eu acreditaria sem questionar. Não havia motivo, não havia vontade e mesmo assim, tudo saiu bem. Com todos os receios e os contras, não fui capaz de resistir ao meu próprio desejo, cedi covardemente, caí de joelhos e assumi a derrota. No final, venci e conquistei o coração do cara que fez o vídeo, que me queria beijar, que me levou ao hospital e dividiu noites no Bobs comigo. No final, Michel venceu a minha resistência, foi forte o bastante pra suportar meus ataques, pra entender meu gênio forte e lutar pelo meu coração. No final, ambos erguemos o troféu dos casais que percorrem caminhos distintos e depois descobrem que jamais poderiam ter vivido sem se conhecer.

Lá se vão 1 ano e mais 3 meses da história da faca de Ogum e do espelho de Oxum. O final dela não sei qual será, mas espero que meu Escritor favorito nos reserve ainda muitas e boas surpresas.

L.


P.S.: Amo.