Não basta querer, não basta saber

“Preciso do seu abraço, do conforto de vazio que ele me proporciona. Quero seu abandono, seu descaso e desapego por si; eu que te importo e mais nada.”

Aprender é para todos. Ensinar não é para qualquer um. Nunca foi e continuará não sendo eternamente. Não basta ter conhecimento em alguma coisa, não basta dominar um assunto: há que se saber como compartilhar o conhecimento. Caso contrário, o efeito é inverso: é preferível morrer na ignorância do que tentar aprender com quem não tem o menor talento pra coisa.

A vida é um grande aprendizado: as dificuldades são repetidas sempre que não se aprende a lição.

Lucille

Para Rosilda

Os espaços vazios da mente humana são confortáveis moradas para as piores ações.

Um dos grandes problemas, melhor dizendo, dificuldades do homem ainda é perceber o outro como ser humano também, e, por assim ser, entender que contém em sua composição não apenas carne e osso, mas também sentimento (negativo e positivo), desejo, medo, emoção, sonhos, vontade de ser respeitado e inserido num grupo ou em vários. Torna-se difícil um relacionamento quando não se consegue respeitar esse conjunto no outro.

E é igualmente difícil se perceber e se aceitar da mesma maneira. Há que haver um equilíbrio entre o que se é o que os outros esperam para que o viver não se torne uma farsa, ou um teatro. Representar requer talento; sofrer requer apenas ignorar isso.

A cada um cabe a gerência e a condução de sua vida, considerando o caminhar do outro sem deixar que esse seja o principal motivo para construir o seu próprio caminhar.

Lucille


N.A.: texto originalmente escrito em 19 de fevereiro de 2012, Carnaval, em Cabo Frio - RJ.