domingo, 25 de fevereiro de 2007

Carnaval 2007


Tem horas que os sentimentos afloram de tal forma, que a razão passa a ser coadjuvante na história da vida.

Neste carnaval, quando tudo resolveu acontecer ao mesmo tempo, a superioridade do amor sobre todos os outros sentimentos, fez-se presente e decidiu o rumo da folia.

Logo de saída, uma gripe do tipo “esse é o fim da linha” me sacudiu o corpo e levou o humor pra sola do pé. E durante a viagem, eu que precisava de cuidados e carinho, acabei cedendo o colo em febre pra que outros tivessem o descanso que me era merecido. Mas não reclamo. Que do meu corpo seja feito o bem. Sempre.

Essa é uma das minhas filosofias favoritas. Tem gente que acha que “encomodar” (burrice pouca é bobagem) é o máximo, a glória da própria existência. Porque ajudar se vc pode atrapalhar? Porque unir se guerrear é mais prático? Porque fazer amigos e manter os antigos, se conquistar inimizades dá mais audiência? São poucos anos de experiência, apenas 26, mas aprendi que minha vida é instrumento de uma Força maior, ou melhor, de Forças, a quem chamamos de Deus e Deuses. E ser esse instrumento requer de mim muita paciência e doses diariamente renovadas de amor. Pra que desunir se eu posso agregar? Pra que espalhar se eu tenho o poder de reunir todos a minha volta? Pra que violentar se eu consigo tudo o que quero com um sorriso? Acredito que minha capacidade de produzir bons momentos deva ser sempre enfatizada, pois o mundo já tem muita gente pra incomodar. E os incomodáveis que se mudem!

Por isso deixei que aquelas duas criaturas jogassem seus pesos sobre mim. Tivemos momentos complicados e aquele, mesmo com febre, seria único e especial. Feijão com as pernas desordenadamente jogadas sobre as minhas e o pai, com a cabeça sobre meu peito, lugar conhecido. Não que isso seja alguma obrigação ou missão divina. Sentimentos aflorados e o instinto me guiando. No fim da viagem, lá foi Feijão faceira e serelepe, descansada, aproveitar todo o sol da praia dos seus 6 anos. E eu... ah, eu fui finalmente descansar, repousar o corpo abusado pela gripe e, enfim, recebi de volta o amor dispensado durante a viagem. Não tem nada que pague isso. Nada me incomoda, apenas fortalece.




Dia seguinte foi minha vez de aproveitar o Sol. Smirnoff Ice geladinha pra animar o dia na praia, coroado pelo mar calmo e morno e a segunda família reunida. Não importa o que tenha acontecido, sejamos felizes agora. Esse parece ser o lema deles. Tento seguir essa linha de pensamento, embora nem sempre consiga me desligar do “ontem”. Mas se der muita idéia pro passado, o presente não acontece. E o dia seguinte foi ruim, nem merece ser comentado. Mas como “não importa o que tenha acontecido”, o final foi luxuoso. Foi preciso o Sr. Estandarte de Ouro intervir, do alto de sua vasta experiência com passistas invocadas e mestres-salas perdidos. Finalmente, após alguns contratempos, nossa escola provou porque era a grande favorita ao título de campeã desse primeiro carnaval. rsrs Depois do nosso, fomos assistir ao desfile das escolas de Cabo Frio. Bem bacana, mas decidimos que ali faltam 3 peças importantes: um mestre-sala, uma porta-bandeira e uma passista. Os melhores. E ano que vem, aguardem, o casal nota 10 do Jacarezinho e a passista estreante estarão evoluindo na Avenida de Cabo Frio. A idéia da fantasia já foi concebida, tudo por causa de uma canga, inocentemente amarrada na cabeça. Rainha das águas doces e mãe.

A quarta-feira de cinzas foi a de sempre: lagarteando. Outra rodada de Ice na beira da praia e a certeza crescente de que amor e esperança andam lado a lado, são amigos de caminhada e dão-se as mãos quando o outro precisa de ajuda.

Existem pessoas que se ocupam demais com a vida alheia e deixam que suas próprias passagens sejam medíocres, sem registro. Vivamos a vida largamente e em sua totalidade, porque quando menos se esperar, puf!, ela acaba. Esse carnaval foi meu, porque assim eu quis que fosse. Desenhei o cenário, peguei as ferramentas, sentei-me e construí os maravilhosos momentos desses cinco dias.

Recomendo.

Até a próxima.

L.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Aqui ME faz, aqui ME paga


Tudo que vai, um dia volta.

Já ouviram essa frase? Melhor, já vivenciaram essa situação? Essa foi a sensação do fim de semana, da semana toda.

O que foi, voltou, e com força e velocidade duplicadas.

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Vamos deixar de lado as coisas ruins e vamos logo pro que não presta: eu.

Pouca coisa me deixa mais orgulhosa em mim do que a minha capacidade de argumentação. Não adianta, nas palavras, sou mais eu.

Me vencem no braço, na sugestão. Mas no jogo com a língua-pátria, carrego muitas medalhas de ouro. E ainda bato no “saco”! hahahaha

Definitivamente, sou ótima amiga (quando quero). Mas como pedra no sapato, uh, sou a melhor do mundo!

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Casamento é uma forma de matar o amor-próprio.

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Dia das mães é todo dia. Pois então, presente em fevereiro, num dia qualquer pra dizer o quanto te amo.

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Fim de semana confuso, engraçado e peitudo. Em matéria de abuso, eu ainda me surpreendo comigo. “Papo de homem? Não tá me dizendo nada. Não basta nascer com pi..., tem que honrar”. Resposta: “É”. Falar o quê? Eu mesma numa situação dessa, levantaria o braço, diria que fiquei contundida e pediria pra sair de campo. Não tem muito o que dizer ou fazer. 1 x 0 pra mim.

Sóbria eu já chuto com força, com Ice na idéia, então, é só fio de gol!!! Rsrsrs Vc discutiria com uma preta de 1,68m, salto 15 no pé e metida a dona da história? Pense bem antes de responder.

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Próximo post, prometo, sairá melhor. Mais colorido.

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E para quem me ama, meu amor em dobro e meu desejo de que possamos estar sempre juntos nessa caminhada. Pra vc que me odeia... não... Duvido que possa existir alguém no mundo que odeie esse sorriso faceiro e esse par de olhos curiosamente castanhos.

Até mais!

L.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Ser ou estar? Eis a grande diferença

Ontem pensei muito. Acho que tirei a noite pra isso. Pensei no quanto me afastei do que realmente me faz sentir viva, das atividades que me dão o inenarrável prazer de criar meu próprio mundo, e dele ser rainha.

Uma delas, é justamente essa: escrever. Externar medos e inconsistências, sonhos e aventuras, algumas inéditas, outras já batidas, porém não menos divertidas. Aventuras, nem sempre são positivas, mas o divertimento no final é garantido.

“Ainda vou dar gargalhadas disso” Essa é frase que pontua os dias tristes. E no último parágrafo da aventura, lá está ela, uma sonoramente límpida e uterina gargalhada!

Por isso pensei no que está acontecendo. Nada, absolutamente nada que me faça descer do belo salto 15. E cheguei a uma triunfal conclusão.

Nascer do sexo feminino é uma coisa. Ser mulher, é outra. Não basta ser a detentora da perereca, tem que honrá-la. Manter a cabeça erguida e orgulhar-se de levar o mundo no colo. Amar por dois, pensar por muitos e agir por todos.

Ser mulher é muito mais do que bater no peito e dizer aos quatro ventos que “COMEU” fulano. É ter a certeza silenciosa de que foi e fez feliz, é estar satisfeita em corpo e mente.

Ser mulher não é bater no peito vitoriosa pela conquista do alheio. É tocar com os dedos invisíveis do carinho o coração daquele que lhe pertence.

Ser mulher não é entregar o corpo pra todos e a qualquer tempo, ao sabor do vento Sul. É entregar consciente de sua preciosidade, a quem merecer e puder corresponder com o respeito que ele merece.

Enfim, pensamentos borboleteantes, coloridos de amarelo e branco, que sumiram quando me virei.


L.