quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aventuras: recomeçar é preciso!

Quando estou feliz, os textos ficam subjetivos, porém imprimo neles todas as cores da minha felicidade. Quando a dor chega, tudo que sai é cinza e positivamente profundo. Mas quando estou assim, perdida, nenhuma letra ou palavra é capaz de se juntar decentemente a outra e formar algo legível. Mas quero tentar.

Algumas pessoas ficaram preocupadas de verdade, deixaram mensagem no Orkut, no celular, ligaram. Apesar de não estar legal, gosto desse paparico que a tristeza proporciona, é como uma compensação pelos momentos ruins. Ontem ganhei dois abraços maravilhosos, tão diferentes e tão igualmente reconfortantes. Nossa! Na verdade, acho que estar bem é ajudar os outros que não estão e estar mal é receber de volta essa ajuda.

Segunda-feira, conversando com um amigo, relembrei de coisas legais e mesmo não estando bem, no dia seguinte fui atrás dessas lembranças boas, porque se o presente não é bonito, ah, o passado foi e merece ser recordado. Catei mais de 40 fotos, recortes do meu rosto e montei dois álbuns no Orkut. Como eu calculei, a quantidade de visitantes mais uma vez bateu a casa da centena. Rever aquelas imagens, voar de volta pro seio da região dos lagos, sentir o cheirinho da brisa marinha da minha lembrança foi o que me ajudou a recarregar a energia positiva.

As diversas viagens, os passeios, bailes e farras em geral. Como eu me divertia!

Em Búzios, numa curva fechada e com um motorista perigoso, quase voei pra fora do bugre! Hahahaha Só me lembro do grito na escuridão da rua de paralelepípedo. E das infinitas gargalhadas logo depois de perceber que não tinha caído, estava sã e salva. Quer dizer... rsrsrs No dia seguinte, passeio de barco pela costa. Lindo, eu de madame tomando banho de nuvem no meio do barco. Dia nubladão e eu de Rainha de Zamunda, com óculos escuros e tudo. O barco atracou na praia, onde nos deixou pra almoçar e curtir, voltaria em minutos. Almoçamos, tomamos banho nas águas morninhas, o céu foi fechando, o frio batendo e nada do barco. Horas se passaram até constatarmos que éramos náufragos perdidos na Praia da Tartaruga. Quando ameaçou chover, ele chegou pra nos resgatar, com a cara típica de pirata e eu, Rainha verde de frio, não tive coragem de voltar tirando onda. Na volta pra casa, enjoei, um grupo de moleques fazendo zona e um estressado do lado. Dormi e acordei do sonho na Perimetral.

Em Petrópolis, pela primeira vez, vivi a maravilhosa sensação de ir atrás do desconhecido. De saia jeans, camiseta, jaqueta e um livro, lá fui eu fazer o Mochilão MTV. Um dia lindo de Sol no Rio e por trás das montanhas um frio de doer. E eu de sainha. rsrs Pra onde vai? Como? E agora? Logo eu, tão chata com organização, só saía se tivesse hora, local, todo um aparato de segurança. Fui pega pela mão, no melhor estilo “vombora” e fui parar numa cidade desconhecida e fria. Claro que não foi tão perfeito assim, eu não iria me tornar uma criatura aventureira e compreensiva assim fácil. Chiei quando me dei conta que não teria um quarto, banheiro e cobertor. Não queria ficar andando, queria achar uma lan house, pedir socorro ao Google pra encontrar um hotel, bem ali, na rua onde estava. rsrs Frescura pouca é bobagem. Fui carinhosamente obrigada a desistir, porque bater pé não iria adiantar e tava frio pra chuchu! Andamos a esmo pelas ruas, pegamos guias turísticos na praça e... ameaçou chover. Nãaaooo!!! Entramos no shopping e meu bico crescendo assustadoramente. Quando a enxurrada de reclamação ia começar, eis que surge na nossa frente um maravilhoso hotel, como oásis no deserto de portas abertas e serviçais sorridentes e saudáveis nos convidando a entrar. Nem conversei, era caro pra caramba, mas nada paga fazer xixi sentada no vaso sanitário. Ir sem dinheiro também era parte da aventura. Mas não nasci pra isso, sou do luxo, preciso desesperadamente de conforto e segurança. Passei no banco e resolvi meus problemas. Depois do quentinho banho, só um edredom ultra mega grosso pra finalizar essa história doida de aventura. Que Mané aventura! Quando levantei da cama, banhada em suor, vi que lá embaixo a cidade escorria. A chuva levava tudo que encontrava pelo caminho e eu agradeci a Deus por ser uma mulher fresca. Com frio, sem dinheiro e com lama no joelho? Nunca! A noitinha foi boa, curto passeio pelo Centro, pois a chuvinha chata não cessava. Encontrei minha lan house, mas que chatice!, caiu uma árvore em cima do telhado da casa. É... o fim da noite teria que ser mesmo com chocolate quente, debaixo do edredom. No dia seguinte, catei tudo que podia ser comprado na Rua Tereza. Que delícia! Fui só com uma bolsinha e voltei com sacolas e sacolas, feliz e satisfeita com meu Mochilão MTV Luxo.

O carnaval em Saquarema tinha tudo pra ser triste, crise no relacionamento. Tudo decidido dias antes, na última hora, como todas as viagens. rsrs Dois ônibus e um táxi depois, lá estava eu sob o escaldante Sol do Centro. A cidade em festa e eu de cara baixa, magoada. Depois do almoço, incenso no quarto, o cheirinho que eu não lembro mas ficou gravado como cheirinho de Saquarema. Explorar a cidade, cachorro quente à noite, bloco, nada disso melhorou o clima. Estava pesado. No dia seguinte, praia. Sol no auge, eu doida pra acabar aquela tensão e ganhar aquele apertão na cintura. rsrs Ser turista é sinônimo de ser bem tratado. Eu estava tão aborrecida que aceitei tomar cerveja. A pele foi ficando preta, a cerveja subindo, o corpo “ao ponto” douradinho, em algumas horas eu estava longe, bem longe. Tudo ficou bem. A noite foi deliciosa, as pessoas estavam felizes. E o carnaval acabou na Lapa, já de volta ao Rio, imitando meu vô Marola “ô minha neta...” hahahahah


Maricá e suas praias desertas e completamente escuras.


Relembrar, viver de novo. É bom pra me conhecer melhor, já sei que amo viajar, que preciso de pessoas divertidas do meu lado, alto astral, que reclamação não resolve nada e sim dinheiro (rsrs) e melhor de tudo, não se vai muito longe sem amizade leal e sincera. Você pode até estar brigado, mas a amizade sempre prevalece quando é verdadeira.

*-*

Minha vida é feita de fases. Há épocas em que estou amando tudo e todos, em outras me distancio, me fecho na ostra. Hoje estou de longe observando. A noite de segunda-feira foi complicada, doeu muito ver coisas e entender que não existe nada que se possa fazer quando a desonestidade toma o lugar da amizade. Fui forte, sou forte. Estou analisando tudo, procurando não pensar muito, o que é bem difícil, segurando nas mãos que se estendem a minha frente. Todos os dias a janelinha do MSN pula e mesmo mega ocupada, leio e vejo que havia escolhido o melhor padrinho de todos. Ele me acalmou quando eu chorei, mesmo do outro lado do monitor, me ajudou a entender que nada nesse momento poderia resolver o problema, só quando eu estiver calma de verdade. Sim, a calma vai chegar e com ela, a distância e indiferença.

*-*

No Media Player: Mamonas Assassinas. “Atenção Creuzebeck, ao top de 4 já vais – já já já já vai!”. Hahahahaha

*-*

Lucille, muito obrigada por seu empenho em resolver meu problema.” – Isso é meu pagamento, meu orgulho de levantar todos os dias cedo, passar horas intermináveis em frente ao computador, quebrar a cabeça, a unha, ligar, cobrar, correr contra o tempo, comer correndo e sair do trabalho as 20:00h. Vindo lá de Salvador - Bahia, esse e-mail foi o motivo da lágrima que escorreu pelo canto do olho ontem. Esse é meu ofício, é a profissão que abracei, é parte da minha vida. Foram duas semanas na crueldade do tempo que jogava contra, mais a bagunça federal da criminosa (literalmente) que estava lá antes de mim. Mas eu consegui, com muita dificuldade dei conta do meu recado, com uma equipe boa e a colaboração da galera das bases. Obrigada, meu amigo, é pra isso que estou aqui.

*-*

Aquela pergunta básica e martelante de todo ano já começou: “Vai fazer o que no seu aniversário?” Acostumei o povo a farra todo ano, deu nisso. Não quero muita coisa, não. Esse ano abri mão das rosas azuis, dos livros, CDs, DVDs e da festa. Só quero estar bem no sábado, dia 12. Depois do aniversário tem show do Pedro Mariano dia 19, queria ir. Mas no meu dia mesmo, só quero acordar, ganhar aquele delicioso beijo da minha mãe, o primeiro e mais gostoso parabéns do dia, desde que meu mundo é mundo. Quero que o dia seja ensolarado, que meu estômago não doa, que meu coração não sinta saudade, que meu rosto esteja limpo, que meus amigos estejam felizes, que minhas famílias tenham saúde, que meus afilhados vivam no amor, que a paz do meu Deus seja gloriosamente presente durante todo o dia.

Mas se chegar uma rosinha azul... rsrs

*-*

E lá foi ele, rumo a mais uma aventura, no melhor estilo Mochilão MTV Pimpin’. rsrs Vai dar tudo certo! Boa viagem e boa sorte para o mais novo homem do mar. Que Deus te proteja sempre.

*-*

E aqui fico eu, catando meus caquinhos, me preparando para entrar no vigésimo oitavo ano de vida, com o pé direito e deixar pra trás tudo e todos que não compartilham da minha alegria de viver.

Entendam uma coisa: quando uma história termina, é fundamental que outra comece imediatamente.

E eu... ah, eu creio em Deus Pai todo-poderoso!

Fiquem em paz.

L.

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