sábado, 29 de março de 2008

Neste momento...

Estou infeliz. Estar infeliz não significa necessariamente tristeza. Menos ainda significa não ser feliz. Eu sou feliz. Imensamente feliz. Muito mais do que eu poderia desejar ser. Tenho uma família complicada, mas que está junta e apóia quando é preciso. Tenho saúde, poucos, porém leais amigos e trabalho. Sei ler e escrever. Ando, falo e penso. Tenho liberdade suficiente para entrar e sair de onde e quando eu bem entender. Por isso eu sou feliz e profudamente agradecida ao meu Deus por tudo isso. A infelicidade é futura. Vejo um horizonte... não, não vejo horizonte algum. Fico pensando... quando uma pessoa faz algo errado, e sabe que errou, a tendência natural é que ela faça o possível para não cometer o mesmo erro novamente. Pelo menos foi o que a vida me ensinou. O primeiro passo é admitir o erro, aí já se tem 90% de chance de não errar mais. Se o erro foi magoar outra pessoa, tanto pior, pois se a pessoa sabe que fez alguém infeliz, vai pensar duas vezes antes de tomar a mesma atitude para magoar a mesma ou outra pessoa. Um raio cai no mesmo lugar duas vezes, sim. E eu sou a "sortuda" da vez. O mesmo erro, pessoas diferentes, mesma mágoa, pensamentos diferentes, mesmas atitudes, desdobramentos diferentes. E o final, como será? Faço uma força uterina para ser forte e acreditar que tudo vá melhorar um dia. Mas apesar de forte, ainda não aprendi a ser sonhadora. Não estou feliz. L.

terça-feira, 25 de março de 2008

InstintivaMente

Antes de começar a ler, clique na Borboleta Azul com o botão direito do mouse e selecione a opção "Abrir em nova janela".






As vezes sinto dor. Não física, mas uma dor de dentro, pungente, lancinante.
Que
Dilacera
Corta
Machuca
Corrói
Queima
Arde
Perfura
Amordaça
Fere

E mata tudo o mais que existe em mim, além do corpo.


As vezes sinto um calor. Não do tempo quente, mas um ardor profundo, agonizante.
Que
Invade
Implode
Explode
Incendeia
Escandaliza
Transborda
Alucina

E deixa o corpo e tudo o mais que existe em mim, estirado no chão.


As vezes me sinto só. Não sozinha de gente, mas um vazio interno, delirante.
Que
Perturba
Isola
Entristece
Sombreia
Marginaliza
Embrutece
Enlouquece
Sufoca

E deixa o corpo exausto de tudo o mais que existe em mim.


Muitas vezes me sinto viva. Não viva de respirar, mas sabedora do poder que é meu.
Que
Enfeitiça
Provoca
Inquieta
Fascina
Alegra
Encanta
Instiga
Acolhe
Derruba
Vence

E deixa a certeza de que o corpo e tudo o mais que existe em mim, em nada me pertencem.




L.


Rio de Janeiro, 25 de março de 2008 - 03:01 da manhã

domingo, 23 de março de 2008

No forno

Decisões. Ah, são maravilhosas pedras preciosas da mente e do coração. Tomei uma. Ou melhor, várias. A primeira: me aventurar pelo mundo da ficção. A segunda: parar de viver na ficção. *-* "Eu seria feliz com você de qualquer forma, mas tivemos que passar por tudo isso pra descobrir que essa felicidade é preciosa. Quanta coisa vivemos em separado... Vamos tentar de novo? Ter você mais uma vez seria perfeito. Amar você foi o melhor que vivi até hoje, e agora, seria perfeito ter você de novo." *-* As pessoas não são idiotas. Apenas ficam idiotas. Depois passa. rsrs *-* Músicas têm um poder transformador sobre mim. Tão profundamente me tocam que me fazem ver a Luz no fim do túnel. É lá que mora a Fada dos Dias Felizes. *-* Viagens e mais viagens... rsrs "You can fly, fly, fly..." (India Arie em Get it together) L.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Decifra-me ou te ignoro!

Certa vez li em alguma crônica de jornal que a maior inimiga de um escritor é a página em branco. Por inúmeras vezes, inclusive esta, constatei a veracidade da frase. Não existe coisa mais aterrorizante do que uma tela com um editor de texto em branco, e o cursor piscando como a dizer “Que horas começa? Cadê a idéia?”.

Minutos antes, as idéias debatiam-se na cabeça, todas borbulhantes e efervescentes, prontas para ganhar vida no computador. Mas acomodar-se na cadeira e respirar fundo enquanto o editor de texto abre, é, indubitavelmente, o momento de agonia das idéias. Algumas morrem, outras se perdem, e há as que passam por crise existencial no melhor estilo ser ou não ser, eis a questão.

Mente de escritor deveria ter gravador ou máquina de escrever acoplada. E antes que me sugiram o gravador de voz, explico: nem sempre as idéias surgem num momento em que se pode falar, ou mesmo parar para vê-las amadurecem. Já tentei, por duas vezes, usar o gravador do celular para registrar o nascimento de uma idéia. Sem sucesso. Alma de escritor não é alma de cantor, a arte não se faz da palavra dita, mas sim, da palavra escrita. O prazer reside em ver letras tomando forma de palavras e palavras florescendo num texto que é seu. Imaginem um artesão gravando no celular a forma de fazer uma escultura em argila? Pois é, é dessa forma que me sinto. Preciso estar com as mãos tiquetaqueando pelo teclado, os olhos regendo frases e pontuação. Escrever é quase como gerar uma vida, o que não deixa de ser verdade, afinal, é parte da minha vida que escapole papel adentro.

Antes que os leitores da banda podre digam, pela enésima vez, que minha arrogância sem limite faz-me considerar uma escritora, apresso-me em explicar. Não me considero uma artista ou uma Agatha Christie (minha preferida absoluta), mas aprendi que daquilo que se quer, só não se consegue o que não é tentado. Portanto, eu poderia ser um piloto de aviões, não existe nada nesse mundo que me impeça a não ser o fato de eu nunca ter tentado. Enquanto muitos lêem, posso me considerar uma escrevedora de fundo de quintal bem sucedida.

Além do ato em si, escrever me dá prazer por saber que variadas pessoas acompanham o que escrevo. São amigos, família, desconhecidos, admiradores(as) e até mesmo os que não simpatizam com a minha pessoa. Deveria ser estranho, eu, que coleciono antipatizantes, ter uma coleção tão vasta de (anti)simpatizantes aos meus escritos. Um dia entendi: sou complexa, sou vastamente complexa, e tudo o que é complexo causa curiosidade. Por que ela age assim? O que pensa? Qual será a próxima doideira dela? Coisas que nem eu sei responder, e que, algumas vezes, pra bom entendedor, ficam evidentes em meus textos. Estas visitas, que tentam passar despercebidas, muito me enchem de orgulho, pois entendo que se escrevesse besteiras, estas pessoas jamais voltariam. E voltam. Mesmo me jurando pela mãe mortinha que me odeiam. rsrs

Hoje, por exemplo, é um sábado chatamente chuvoso, águas de março que fecham o verão. Mas e a promessa de vida? Bah! Tá bom... De um lado um maluco fala idiotices sem fim, certamente motivado pelo milenar desejo que todo homem tem de ser corno. Não adianta, todos têm, uns mais outros menos, uns explicitamente outros apenas nas orações antes de deitar. É quase uma Lei: todo homem precisa ser corno pra ser um ser completo e perfeito. Isso também já aconteceu comigo, o namorado parecia um mico selvagem: pulava em todos os galhos possíveis e imagináveis, com a habilidade de um pássaro e a decência de um hipopótamo. Neguei esse pedido o quanto pude, não fui educada pra isso, afinal. Mas, também aprendi a ser caridosa, e não pude ser indiferente a este desejo tão intenso de ser corno. Saciei-o com a graça de uma borboleta e a rapidez de um coala. Desde então, tive aos meus pés o mais rastejante dos homens, o mais amável, o mais tudo. Se eu soubesse que seria tão mais fácil do que brigas e loooongas discussões de relacionamento, não teria esperado três anos. Portanto, cara leitora tenha ele 20 ou 50 anos como é o caso do idiota em questão, nunca deixe de atender ao pedido mais primitivo do homem. Eles precisam disso.

Bom, voltando ao sábado. Pela primeira vez, faço um texto com algo brilhando douradamente no dedo anular da mão direita. Definitivamente, eu fui a noiva mais bonita que eu já conheci em toda minha vida. Foi uma semana dura, muita gente entrando de carrinho, fazendo falta grave. Depilação, unha, cabelo, vestido... Meu Deus! Não vai dar tempo! Mas deu. Foi quase tudo perfeito. Famílias, meus meninos, dia de sol quente. Pele lisinha, cabelo preso com uma flor, unhas branquinhas e bastante comida na mesa. Tudo perfeito. A exceção do noivo.

Sim, eu ia falando do sábado. Mania feia de me desviar do assunto. É que as idéias não pedem licença, vão acontecendo como flechas. Às vezes me surpreendo comigo mesma, não sei como posso ter uma mente tão fértil. Daria uma ótima Narizinho, de Monteiro Lobato. Ou um ótimo Bobby. rsrs Se eu tivesse sabedoria suficiente pra canalizar de forma positiva todas essas idéias, conseguiria chegar onde quero muito mais rápida e eficientemente. Exemplo disso é a resposta ao e-mail da Flavia que publiquei no post anterior. Quando li, não cheguei nem ao final do e-mail e a primeira resposta foi “filha da puta”. Desculpem o palavrão. Fui atropelando as palavras, lendo o e-mail em goles grandes, quase engasguei. Se fosse ao vivo, seria uma pancada na baixinha. Nem pensei, cliquei em “Responder a todos” instantaneamente. E é essa minha impulsividade que me amarra a vida que quero deixar de ter. O telefone tocou, atendi, acalmei um pouco. Abri outros e-mails, um deles era piadinha de um dos muitos desocupados da empresa, mas que era até engraçadinha. Aí sim, ainda afrontada, mas com menos sangue nos olhos, respondi o e-mail da Flavia. Apesar do tom Lady das Arábias que imprimi em minhas palavras, no final do texto havia um invisível “Obs.: Ah, e me faça um favor após ler isto, vá se fuder!”. A favelada em mim perdeu essa batalha, felizmente. E a sabedoria fará com que a lady reine sempre.

Bem, quase não consigo fincar pensamento no sábado. Sei que algum neoliberal-pseudo-esclarecido vai me chamar de preconceituosa por associar a palavra “favelada” à condição ruim da minha personalidade. Que o faça! Pouco se me dá quanto a isto. Apesar de ter vindo deste fazedouro de eleitores pobres, que vendem um voto por um quilo de feijão, não vejo este lugar com olhos de futuro. São vidas perdidas, almas jogadas no chão como papel de bala, o doce. E a outra bala com endereço certo: a mão do seu filho. Nasci e cresci vendo e vivendo essa realidade cruel, apesar do que, nos anos 80 a polícia era muito mais amiga da bandidagem do que hoje. Não era dinheiro de arrego, era amizade mesmo. Bandido de asfalto era criado lá mesmo, bandido de morro só vendia droga. Anos que se passaram e a imagem da favela mudou interna e externamente, a história vendida lá fora não é mais mentirosa. E eu nunca pensei que pudesse chegar a essa conclusão, afinal, apesar dos poucos, mas grandes sustos que passei ao subir ou descer a favela, ainda assim era um lugar não feio, não há crianças jogadas na rua feitas papel de bala, meninos ainda são meninos. Mas conheci o Jacarezinho, segunda maior favela da América Latrina. O comitê de boas vindas na entrada é um grupo de meninos papel de bala. Não, não jovens de 15 anos. São meninos com seus 5, 8 anos. Ao longo do percurso de entrada na favela, eles vão diminuindo, parece que lá dentro a vida é normal. Parece que aquele grupo é apenas um bando de mini-zumbis que tenta bloquear a passagem, a dizer “por favor, não entre e se entrar, não fique, não crie raízes aí, não tenha filhos aí, não traga mais um menino papel de bala para cá”. É chocante e altamente cruel. Mas o que se há de fazer? Dar dinheiro? Levar pra casa? Eles voltam, quando não, outros são produzidos de igual forma e teor. Este é o retrato vendido da favela que me custava crer, mas agora sei que é real. E triste.

Chega! Perco-me e não falo do sábado. Haja o que houver, mais uma vez. O dia que merece um sono até as 10h, que merece uma senhora espreguiçada na cama e um amorzinho matinal demorado, sem dúvida, é o sábado. As coisas mudam. Antigamente, poderia morrer em qualquer dia da semana, menos na sexta-feira. Tinha que sair, dançar até cansar. Mas, a idade e as prioridades mudaram esse conceito. A sexta-feira é dia que só acaba após a última aula na faculdade, e aí, acaba mesmo porque as últimas forças são pra chegar a casa, tirar a roupa e tombar na cama. Mas o sábado de manhã... Hoje chovia aquela chuva idiota, mala, desanimadora ao extremo. Fazia um frio gostoso, daqueles que a gente usa como desculpa pra não sair da cama. De um lado, o noivo, do outro lado, a revista EXAME. Agora sou assinante, como futura Administradora, não posso mais ficar lendo só Agatha Christie e Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha). Adoro ambas, mas estamos falando do meu futuro e o futuro, começa agora. Levantei da cama, aborrecida e triste, porque esse sábado não seria aquele sábado ali de cima que eu tanto gosto. Voltei pra cama, chorei, chorei depois de novo. No banho, caiu a última lagrima do dia. Eu sou uma macaca bem burra às vezes! Hoje é sábado, dia de descanso, não de tristeza. Eu trabalho muito – por dois desde janeiro -, estudo, aturo várias palhaçadas e não mereço algumas horinhas de “morri pra vc”? Claro que mereço! Cheguei a casa: telefone mudo e sem luz. Não queria, mas era o que eu precisava! rsrs Deus é mesmo meu chapa! Tirei a roupa toda e me refestelei na cama, senhora absoluta do meu espaço e do meu edredom. Nem vi mais nada, só sei que acordei com tudo escuro. Dormi o sono dos abençoados e acordei outra. Bem outra mesmo. Com apenas quatro horinhas de sono por dia, é pra emburrecer mesmo. Mas fui à forra, acomodei o fazedor de idéia no travesseiro e abri a revista de fofoca, que trazia uma moça bonita e... Parti rumo ao mundo encantado dos sonhos.

Quando acordei, pensei na Fê. Taí alguém que sabe de mim, sabe tão profundamente que seria capaz de ministrar um curso de como lidar comigo. rsrs Fernanda mora tão longe e ao mesmo tempo está há apenas alguns pensamentos de distância. E agora entrando no maravilhoso Clube das Tias! Uhul! Que venha Sofia (ou Samuel)! Aliás, além de Fê, tem outro amigo que me atura nas TPMs da vida, ouve meus lamentos e no final, arranca um sorriso do meio das lágrimas. Fora os tantos outros anjos que me cercam. Anjos de carne e osso e anjos invisíveis. E ao meu Deus, só posso agradecer ajoelhada por tê-los ao redor, que me guardam e guiam.

A luz voltou e eu tive que decidir se sairia ou lagartearia mais um pouco. Fiquei com a segunda opção, porque eu sou uma diva! rsrs Plagiando descaradamente o comercial do sabonete Lux.

Cá estou, deleitando-me com a vitória sobre o temível papel em branco!

Só não consigo o que não tento! ;-)

L.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Hã? Como assim? - Começou? Então atura!

Quero dividir com vocês um episódio do dia de ontem. Foi algo que me chateou no primeiro momento, mas depois, fiquei extremamente feliz com minha força em não perder a razão e ser diplomática, por mais que a metralhadora estivesse carregada de palavrões. Trabalhos em grupo me chateiam profundamente, pois sempre tem um deitão, que leva a sua nota. Pior ainda é quando alguém se acha o chefe ou o dono da verdade. Por isso eu estudo. Por mais que o trabalho fique ruim, me garanto na avaliação individual. Quero que conheçam meu outro lado, o sério-debochado-sarcástico, com pitadas de bom humor. E-MAIL DA FLÁVIA (uma das participantes do grupo de Marketing 2):

De: Flávia Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2008 10:14 Para: Lucille Assunto: Re: Trabalho de Marketing II - Desenvolvimento e Capas

Prezada Lucille !

Ontem encaminhei para a Luciana a minha parte e a parte do Rodrigo sobre estratégia de crescimento.

Os seus e-mails estão mt confusos, uma hora, você diz que vai mandar um anexo, outra hora, você diz que não teria q mandar anexo nenhum.

A questão é a seguinte NÃO temos mais tempo nenhum de modificar nada ! Infelizmente você avisou mt em cima que o seu antigo grupo usaria o trabalho. Portanto teremos que utilizar a idéia da empresa de cosméticos mesmo, afinal não existe apenas uma empresa atuando em um mercado e o PP sabe mt bem disso.

Gostaria que todos lessem o trabalho e respondessem a este e-mail, para dizer se estão de acordo.

E seria bem interessante se toda vez que encaminhassem os trabalhos modificados, colocassemos uma versão, por exemplo, Trabalho de marketing_versão1, ai no próximo Trabalho de marketing_versão2, assim fica mais fácil identificar qual é a versão mais atual.

Ah Lucille, tem uma coisa bem importante que gostaria de te falar, o clima entre grupos de trabalho é tão valioso quanto nas organizações. E vc, embora esteja passando esta impressão, não está fazendo o trabalho sozinha, então esforce-se para melhorar o clima, ok !?

bjs,

Flávia

MINHA RESPOSTA (logo cedo, trabalho já fervendo e cansada de fofoca): De: Lucille Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2008 11:11 Para: Flávia Assunto: Re: Trabalho de Marketing II - Desenvolvimento e Capas

Flávia,

Respondendo aos seus questionamentos e acusações infudadas.

Para começar, (in)felizmente não posso acessar meu e-mail de casa neste momento para reencaminhar, pela segunda vez, a todos o primeiro e-mail onde fui bem clara "apenas para termos uma idéia de como foi feito". Quando nos reunimos da última vez e a dúvida foi levantada, fiquei preocupada que eu tivesse me expressado erradamente ao afirmar "segue trabalho para continuarmos". E aí o erro seria meu, o qual eu assumiria e teria que forçosamente corrigir a tempo de não prejudicar o grupo todo. Quando ficou claro que eu não havia me expressado mal, reencaminhei e avisei que teríamos sim, que mudar bastante coisa ou tudo. O que eu pude alterar sozinha, assim o fiz; o que pude modificar a fim de não perder a idéia, mas não ficar escito exatamente como o anterior, assim o fiz. Porém, sozinha eu sou Lucille, não sou grupo. É preciso que todos estejam empenhados no mesmo objetivo para que dê certo - e isso não é idéia minha, a História mostra que o EU nunca foi a lugar algum, enquanto o NÓS removeu montanhas.

Acontece que todos já somos maiores, vacinados e cônscios de nossas responsabilidades. Se alguém precisa ficar até mais tarde no trabalho, não é preciso que o chefe mande, portanto se um trabalho acadêmico precisa ser feito, não é necessário que os colegas fiquem cobrando, pois não trabalhos com crianças, nem idiotas, acreditos que todos sejamos responsáveis e maduros o suficiente pra saber que caso haja necessidade de ficar depois do horário na faculdade, se precisar se reunir no sábado de manhã ou outro horário ruim, teremos que fazer para que o resultado seja positivo para todos.

Gostaria que vc me reencaminhasse a mensagem onde eu disse que não mandaria anexo algum, por favor. Meus e-mails estão confusos? Para isso trocamos telefones, certo? Além do mais, em momento algum recebi uma mensagem dizendo "Lucille, não entendi o que vc disse, pode ser mais clara". Não acredito que todos tenham ficado confusos, ou melhor, quem ficou, me ligou pra tirar a dúvida. O que me causa estranheza é somente agora vc se pronunciar a respeito do suposto fato. Sendo assim, eu reforço o pedido e gostaria que me mandasse o e-mail onde eu disse que não mandaria anexo algum.

Eu avisei em cima da hora? Fechamos o grupo, eu saí da sala, peguei meu ônibus, cheguei em casa, fiz xixi, afrouxei o cinto, liguei o pc, e disparei e-mail pra todos com a seguinte informação "segue trabalho apenas para termos uma idéia de como foi feito". Durante a semana, nem vc e nem ninguém se pronunciou a respeito, pra questionar se usaríamos aquele ou pra dizer que ficou confuso. Na aula seguinte, como já expus acima, apareceu a dúvida e eu reforcei que aquele não poderia ser usado e pra não restar pedra sobre pedra, confirmei com o outro grupo e de fato eles usariam o trabalho inicial. Isso foi sexta-feira passada, dai 29.02. Estamos em 06.03, tivemos uma semana inteira pra ficar confusos, questionar, decidir e somente hoje, agora, vc se preocupa com o fator tempo.

Sinto muito, Flavia. Vc vai me dizer que todos temos filhos, marido, esposa, louça pra secar e cueca pra lavar. Todos nós. Não acredito que um descocupado se daria ao trabalho de ir pra faculdade toda noite, aturar professor chato, aula chata, pegar onibus tarde e ainda ter que optar entre uma coisa ou outra por não ter tempo de fazer tudo o que gostaria. Portanto, todos nós somos ocupados e cada um com sua dificuldade e nenhum está isento do sacrifício, por maior que seja a dificuldade. Já trabalhei algumas vezes em grupos em que a pessoa que não podia ir as reuniões, digitava. Quem não poderia ficar até mais tarde, fazia o seu e apresentava ao grupo por e-mail, sem tempo ruim, sem chororô. Tem que fazer? Então vamos fazer e ontem, porque assim como o meu, o domingo de todos é sagrado.

A idéia da empresa de cosméticos, conforme ficou decido em reunião última, já tinha sido dada como certa. Então não é agora que vamos ter que manter a idéia, como vc mencionou. O tipo de empresa podemos repetir, sim, sem problema algum. E firmamos isso na sala de aula, portanto, quanto a isso não há estresse.

A idéia das versões é válida, porém, desculpem-me caso esteja enganada, mas não recebi nenhum anexo do trabalho. Vou verificar em casa, mas tenho quase certeza de que não recebi.

Sobre o clima... bom vc tocar nesse assunto. Como profissional de RH sei que o ambiente de trabalho é fundamental pra atingir as metas propostas. Assim como sei, como ser humano, que 1) Comunicação é via de mão dupla, 2) Quando algo não está bom, deve-se buscar a melhora e não pedir ao outro que faça e 3) Não faça da sua incompetência a urgência dos outros. Estas frases eu ouvi, li e assimlei ao longo da vida e delas faço meu lema. Duas meninas de nosso grupo tiveram um pequeno desentendimento. Eu poderia simplesmente manter o silêncio, como muitos fizeram, ou ligar pra um e outro e disparar a metralhadora da fofoca, ou ainda, tomar partido de uma ou da outra. Mas, se eu quero um bom clima, não devia solicitar a elas que buscassem isso, eu mesma disse no e-mail "não podemos perder tempo tratando mal uns aos outros", pois percebi que estava havendo uma certa hostilidade entre ambas, que pelo que entendi foi provocada por um mal entendido bobo, sem justificativa pra brigas ou confusões.

E aí, Flávia, eu lhe digo: se queres um bom clima, crie-o vc mesma. Seja agregadora, fator positivo no meio do caos, seja harmoniosa, seja a luz no meio da escuridão. Certamente, um grupo na sua presença seria outro, mais motivado. De desagregador já temos muita coisa: TPM, falta de tempo, cansaço, um trabalho cascudo, fome e conflitos internos.

Ah, e eu não quero passar impressão alguma, ok? Achei isso engraçado, pois isso me foi dito durante uma avaliação "Lucille não dá impressão nem deixa nada subentendido; fala com boca, olhos e gestos, é totalmente legível". Então, eu lhe explico: não sou de dar impressão, eu apenas tenho facilidade em disparar e-mails pois passo o dia com o meu aberto, tanto do trabalho e agora esse aqui do iG que abri apenas pra comunicações importantes e urgentes que não sejam de trabalho. Aliás, se vale uma dica (que eu tinha esquecido), usar e-mail corporativo pra fins particulares dá justa causa. rsrs Pode parecer que eu esteja querendo ser mais que alguém? Talvez, mas sinceramente não é o que desejo. Quero ser mais, sim, quando estivermos disputando uma vaga pra Ernst & Young logo após a formatura, aí sim eu vou querer vencer tudo! rsrs Mas agora, enquanto ainda sou uma mera aprendiz - acadêmica e da vida -, me contendo em estar atenta a tudo que se diz e o que se faz, pra não correr o risco de sair por aí falando besteira e obrigando os outros a ler e ouvir meus disparates.

Bom, acho que é só! rsrsrs

Caso ainda tenha alguma dúvida, meus telefones são 0000-0000, 0000-0000 e 0000-0000, ok?

E pessoal, caso precisem que faça alguma modificação, hoje a noite não estarei na facul, mas estarei com o e-mail aberto em casa até tarde, então vamos ver como ficará até o dia de amanhã.

Beijos e maravilhoso dia pra todos!

"De tanto fumar cachimbo, a boca fica torta" - frase do dia, proferida por minha chefe.

L.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A hora que chega

Ansiosa demais. Cada dia é menos um, mais uma etapa, um alívio. Está chegando a hora. Certeza, certeza absoluta não existe. Apenas da morte. As vezes dá um medo enorme, noutras a sensação é de algo incrívelmente bom. Não sei. Sábado, dia 08 de março de 2008, deverá ser um dia bonito e especial. Quantos serão os ataques de ciúme? Lágrimas? Oh, Deus, permita que tudo dê certo. Amém. Lá em Bangu, onde não passa trem... E depois? Piedade. Se Deus quiser. L.