domingo, 5 de junho de 2016

Laguinho de mim

Eles dão voz ao que eu penso, entoam meus sentimentos. Cantam o que vivo e quando chega o acorde final, eles nem imaginam, mas disseram em uma música tudo que eu gostaria de poder saber como falar.




Aqui estou, mais uma vez, ao som de Maxwell. Música nova, álbum novo. Por aqui tudo também é muito novo. Ou não. As velhas amarras continuam aqui, me cortando na carne das lembranças que eu insisto em não deixar virar fumaça.

Chuva cai pesada lá fora, mas incrivelmente aqui está semiárido. Meu Sol repousa mansamente no cômodo ao lado... Enquanto isso me faço a melhor das companhias, porque é impossível gostar de outro sem gostar de si mesmo antes. Sinto saudades, projeto reencontros, mágoa curtinha martela no peito, fruto de uma briga desnecessária. Cada um no seu canto, guerra fria. Cabeças não rolam porque os anos nos ensinaram que uma briga não deve ser motivo forte pra afastamento definitivo. São muitos anos, é muito amor. Sinto vontade de arrancar um pedaço da pele pra depois fazer curativo e abraçar até a dor passar.

Não para de chover e Maxwell reproduz brilhantemente sua “Lake by the ocean”. Vai acabando... Vou deitar, me aguardam por lá. Faz frio, já é tarde. E chove. Só lá fora: aqui dentro tem aquecimento central.


LN

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