quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Acelere nas curvas, diminua nas retas

Ontem foi uma noite de risos e memórias. Hoje, de fatos e pensamentos.

Enquanto lutava ferrenhamente contra o sono e a inabilidade em HTML (ainda, quase um filme épico), conseguia arrancar flores das pedras em mim. Sorri frouxamente diante das minhas próprias diabruras. Eu realmente sei bem ser uma pequena bruxa quando quero, se bem que nunca tive dúvidas disso.

Não canso de me sentir orgulhosa de mim mesma pela saída de elite e por achar, ou melhor, ter certeza de que Deus agiu, em seu silêncio e estranheza, da maneira mais sutilmente perfeita a qual eu não teria aceitado se me contasse previamente. Um trabalho semi-pronto, com semi-louvor do mestre. Outro trabalho prontíssimo, com direito a caracterização especial para a apresentação. Após algumas horas de tensão, ansiedade que me fez ceder a um croissant, finalmente vesti a camisa da empresa e fui à luta! Como diria um amigo “vergonha é uma merda”, e em matéria de versatilidade de RH, demos show. Não, sem exageros, foi um show. Um escorregãozinho no último ato não tirou o brilho da apresentação, da qual saímos sob chuva de palmas e gritos de “ARRASOU!”. Hahahahahahaha AMO MUITO TUDO ISSO, mais literalmente que nunca!

No próximo trabalho, que já está em gestação, conto com mais quatro Gestores de RH, de alto nível, embora eles ainda não tenham plena certeza disso, mas meu faro não me engana, sei quando estou diante de bons profissionais. Quando alguém analisa riscos, custos, quadro funcional e modus operandi, é batata: nasceu pra coisa. rsrs

O mundo é incompreensivelmente pequeno. Não se pode dar meia volta sem esbarrar com uma cara conhecida, um olhar re ou aprovador, ou ainda alguém que menos se gostaria de ver na vida. Sabendo disso, é fundamental a boa e velha política da boa vizinhança. A picuinha de hoje, pode ser a demissão de amanhã. O sorriso de hoje pode ser o emprego da hora difícil. Dica RH da semana: cultive bons relacionamentos. Ninguém precisa ser amigo de infância, mas ter conhecimento é a chave de muitas portas. Quando se cultiva inimizades, a probabilidade de se reencontrar o desafeto numa posição superior é grande e, sendo o ser humano vingativo por natureza, salvo um enorme coração e abnegação exacerbada, é possível que a mágoa seja fator positivamente relevante em uma contratação ou indicação.

[Sim, estou dizendo exatamente o que parece que estou pensando em fazer. Deus queira que meu espírito altruísta esteja pelo menos nascido.]

Acabei de ler um livro. Já contei que li os dois livros de Raquel “Bruna Surfistinha” Pacheco, dos três que ela publicou? Pois bem, então imagine uma desbocada e despudorada daquela, só que com mais 50 anos de experiência no currículo. A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro, que já foi peça de teatro e por um acaso veio parar em texto em minhas mãos. Na verdade não foi tão por acaso assim, eu estava caçando algo pra comprar naquela vastidão de livros da Saraiva (bato ponto certo por lá quase todo sábado), peguei vários, quase levo um de RH, mas precisava distrair a mente, e não queria nenhum romancezinho água com açúcar, porque isso iria me deixar triste. Queria sangue! Quase pego o terceiro da Surfistinha, quando ao passar pela quarta vez pela estante de nacionais, ela me chamou atenção. A capa vermelha. Adoro capas bem feitas, é um indicativo do que vem por dentro. Neste caso, uma capa com a palavra LUXÚRIA em caixa alta e em alto relevo só poderia me dizer uma coisa: leia-me ou te como! Literalmente. Não vou entrar no texto do livro, mas recomendo para os que têm criatividade deficiente ou nula. Uma coroa de 68 anos narra uma vida de perversão com riqueza de detalhes e o autor não poupa o leitor de se sentir no local, presenciando a cena. É uma leitura forte, pra quem tem nervos de aço e sabe controlar a libido com um simples “quietinha aí, colega!”.

Recomendo especialmente para os pedófilos que curtem novinha de 14, cuja fantasia sexual mais absurda deve ser namorar na cama dos pais e para quem falar em chupar deve ser nada menos que curtir um sorvete de limão.

Pronto, pra que fui cutucar?! Agora me deu vontade de escrever... Eu já fui uma novinha de 14, e confesso, sem nenhum medo de parecer insegura, já tive medo de perder o posto de Rainha pra uma dessas. Tudo bem, tá certo que as meninas de hoje já saem da maternidade rebolando e cantando funk obsceno, mas daí a dizer que sabem o que e quando fazer, existe um abismo inescrutável. Levou um tempinho até entender isso de vez. Mas, voilà, eu entendi.

Entre uma menina de 20 e uma mulher de 28 existe o peso envergador da experiência, da dedicação, dos arquivos que guardam tudo o que pode ser útil nos momentos críticos. A diferença começa no tapa. Uma menina de 20 ganha o tapa na cara e é chamada de puta. A mulher ordena que o tapa seja dado, e com força, bate como homem!, e determina, sem medo de ser feliz, que naquele momento quer ser chamada de puta.

A novinha é incapaz de dizer que sente dor, se reclamar, perde o cara. A mulher apenas muda de tática e deixa o trouxa enlouquecido pedindo, por favor, pra não parar. A mulher usa peças pequeninas pra seduzir... a novinha tira tudo. A novinha não sabe onde pôr as mãos... a mulher não precisa delas.

Aí eu pensei cá com meus botões e chifres: o que um cara faz com uma barriguinha saradinha, mas com um peitinho seco e uma bundinha-inha mais ainda? Não sei e nem quero imaginar o que deve ser gostar de bater osso com osso (mulher magra tem os ossos da pélvis salientes). Então corri os olhos pelo espelho, modelei os chifres de corno e fiz chifrinhos de diabona e tornei a dizer a meus botões: o que seria fazer sexo com um vara-pau de espinha na cara e nariz achatado eu definitivamente não sei, mas sei o estrago que faz o remexer desses quadris largos e quantos acidentes podem acontecer nessas curvas perigosamente bem pavimentadas.

Agora se me dão licença, vou voltar para o novo livro, uma reunião dos relatos de um transexual, famoso e bem sucedido, profissional badaladíssimo e como acabo de descobrir, boa escritora também. Mas essa fica pra depois, porque agora vou me deitar, com uma melodia ainda ecoando na cabeça: ARRASOU!

O gramur eu tenho, só me falta-me a grana.

L.

2 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkk
vc é uma vaaaaca, mesmo.
vou recomendar esse post de hoje a quantas pessoas eu puder.

ahaaahhaaa

to exatamento no meio do caminho? será?

24! rsrs

te amo.

thigo barbosa tg disse...

fala Luh!!!
muito bom seu post. thi espero dia 29
BjAõ!!!
só discordo da diferença da "mulher" de 20 e "menina" de 28. Acho que vc generalizou um pokinhu.
Mas teu blog tah xou!!!

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