segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O arraso da leoa!

A necessidade vem do enorme desejo de saber que estou aqui ainda e posso tanto quanto podia antes. E cá estou, viva, bem e feliz. Algumas coisas aconteceram, muitas com alta relevância, outras nem tanto. Isaac é nascido, vivo e muito bonito, lá em Ocidental, “cria” de Titia Fernanda, a babona da vez. Ter alguém assim significa dizer que, tristeza é acessório opcional. Eu que o diga. “Não sabia que poderia amar alguém assim”. Pois é, nós podemos e amamos, tanto quanto se nossos fossem. Sê bem-vindo, meu querido Isaac! Que Deus o abençoe e os anjos digam amém. Continuo sem pc em casa, agora que o telefone voltou a funcionar, faltou o monitor, queimadíssimo. Ô vida! Desse mês não passa, com certeza absoluta. Ontem assisti ao pôr do sol em Ipanema. Belíssimo e um tanto triste, afinal, a despedida do Sol indica que outra semana de trabalho intenso e árduo me espera na próxima esquina e que a leveza dos dias de folga se finda e que as boas e divertidas experiências de dois dias demorarão mais cinco para voltar a acontecer.. Domingo, delicioso domingo. O final mesmo foi regado a cerveja. “Você pediu mate pra mim? Não, eu quero cerveja!” e foram-se três garrafas de muita conversa fiada, gargalhadas e olhares maliciosos. Ah, meus 17 anos naquela rua... nada me detinha, nada se interpunha entre mim e a felicidade. Nesta semana tive uma importante experiência sobre traição. Nova e inusitada. Já fui traída por homem – óbvio – e por mulher – mais óbvio ainda, afinal somos filhas de Eva. Pois bem, fui traída por um gay. rsrsrs Não riam, não tem a menor graça! rsrs A bem da verdade, ele já dava sinais de falsidade, mas eu não queria aceitar, se fazia com outros nada o impedia de fazer comigo. E olha que eu já o exaltei aqui... Enfim, já errei na escolha de namorados, de amigas, porque não poderia errar na escolha de homossexuais amigos? No princípio de tudo éramos amigos e sem medo de errar ele era a pessoa que eu mais gostava daquela família, era a que mais me dava atenção e conselhos – tolinha. Eu o via no fundo como um menino, uma criança. Mas não se pode chamar propriamente de infantil uma pessoa que faz ponto no banheiro masculino oferecendo sexo oral a quem responder ao seu olhar. E só a babacona aqui não percebeu o quão mau caráter pode ser uma pessoa desse porte, que desconhece regras e limites, sobretudo dos outros. Daí ele me deu o primeiro golpe quando acobertou as mentiras e demais traições da família. Dei-lhe as costas como a um bolo fecal canino pelo qual se passa na rua. (Bolo fecal canino ficou bonito, hein? Palavras finas pra dizer merda de cachorro). Claro que eu não desci do salto, e tenho me especializado nisso. Ignorei-o solenemente sem discussão, nem muxoxos, nem olhares tortos. Mas uma boa bicha que se preze, mantém a Gilette na bolsa e incita até que possa usá-la. E ele não me deixaria sair de lady, o que eu estava conseguindo magistralmente. Viado tem uma inveja milenar, primeiro porque eu sou uma bicha que deu certo, já vim com o corpo feminino, voz fina, rebolado gracioso, tudo original de fábrica. E segundo, porque alem de mona, eu tenho porte de bicha fina e culta. É de dar ódio mesmo, vai ver foi por isso que Roberta Close foi embora do país, a uruca é tanta que a gente prefere ficar longe quando uma pinça de pentelho desse tipo aparece no caminho. Volta e meia eu ouvia uma gracinha aqui, uma historinha acolá e ignorava. Ele podia até tentar fazer sucesso, mas pra chegar a ofuscar meu brilho teria que morrer e nascer Gisele Bündchen. E um belo dia ele finalmente sacou a navalha da calcinha: aproveitou-se de minha ausência para armar e manipular informações de modo a me colocar como uma péssima aluna, desinteressada e desinteressante. Dias antes ele tentou puxar assunto, eu respondi com educação e cordialidade, mas sem intimidade. Até passou pela cabeça, e pelo meu coração idiota, que eu poderia mais uma vez usar meu conhecimento e ajudá-lo. Ainda bem que um fim de semana no meio e algumas faltas me deram tempo suficiente pra não me arrepender dessa idéia. Quando cheguei a cama estava armada e eu tive que deitar nela. Mas deitei com muita dignidade. Dei boa noite a todos, com um fantástico sorriso, me fui e não voltei mais. Dois dias após, dois grupos de trabalho queriam-me e eu igualmente queria a todos, contente por poder dividir e somar ao mesmo tempo, com pessoas generosas e verdadeiramente RH. Ao final de uma aula, a de formação de Gestores propriamente ditos, o professor empunhou o rifle, mirou na testa da bicha pão com ovo e disparou “pessoas cinestésicas são mais emotivas, são fiéis e cobram fidelidade, são amigas e leais – e não perdoam traição”. Arrasou, professor! O viado caiu fulminado. Eu já o havia ensinado isso: pessoas visuais, auditivas e cinestésicas. Eu faço parte de último grupo. Comentei com outro gay amigo: Deus sabe o que faz, naquele momento, quando me vi naquela situação, fiquei com raiva e queria matá-lo a dentadas. Mas apenas sorri. Mezzo princesa, mezzo bruxa. *-* Posso me sentir sozinha as vezes, ele falhou comigo muitos anos, mas sei que o Leão estará sempre por perto e pronto para defender sua cria. Até mais. L.

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