O
respeito é base para qualquer relacionamento, e a amizade é base do
relacionamento amoroso, pelo menos aqueles que se propõem a ser fortes e
duradouros. Não haver companheirismo é ter o final do relacionamento decretado,
com prazo certo de validade.
Descobri
isso ao longo da vida: sentindo na pele o que é estar com um grande amigo e
ainda ter o prazer de pertencer a ele como mulher. Também percebi fazendo um
apanhado de todos os relacionamentos: os melhores nasceram de uma amizade
sincera, enquanto que os piores morreram pela ausência dela. Os amigos que se
tornaram namorados, até hoje são amigos. Leonardo, ao saber que eu estava
passando mal no trabalho, fez questão de sair correndo do trabalho dele para me
buscar e deixar em casa em segurança e segurar minha mão até que me sentisse
melhor. Pedro, acordou de madrugada quando minha pressão disparou e ficou
comigo até pouco antes do dia raiar até que eu ficasse completamente sob o
efeito do remédio. São pessoas cujo caráter e coração são bons, que valem a
pena ter por perto, pois, independente de nossa história amorosa, têm plena
consciência de que eu continuo sendo humana e como tal, mereço respeito. Sou
feliz por ter quase todos os meus ex como amigos, por ter carinho por eles e
eles por mim.
O
meu respeito por esses homens vai além de saber que um dia já me tiveram nos
braços: trata-se, principalmente, de entender que eles passaram na minha vida e
me deixaram mais madura, mais experiente. As histórias com eles foram parte do
aprendizado — e valeu a pena.
Quando
um dos meus ex me questionou o fato de ainda ter contato com eles, dos que
namorei meses aos que namorei 5 anos, refleti: são parte da minha vida, da
minha história; negar a existência deles, seria como negar que esses pedaços da
minha história existiram e aí, eu seria incompleta, com lacunas. Cada alegria,
cada sofrimento com eles, por eles e os que eu os fiz passar, tudo isso é minha
vida e vida deles também.
Ontem,
estando no mesmo ambiente que um deles, vi o sorriso lindo que se formou em seu
rosto quando nossos olhares se cruzaram. E quando tocou aquela música que um
dia fora nossa, ou melhor, para sempre será nossa, apareceu em mim esse mesmo sorriso,
do meu rosto, nos meus olhos: meu corpo inteiro sorria. E nisso nada tem de
vontade de voltar, de repetir aquelas tardes e noites em que nos perdíamos em
nós mesmos e a música tratava de nos encontrar. O que sentimos hoje, acredito
que ele também, é que somos especiais um para o outro, essa história foi bonita
e para sempre será lembrada como uma fase da vida em que precisávamos descobrir
outro corpo, outra aventura, outro gosto além daquele que estávamos habituados.
E
os que não merecem meu respeito, na verdade merecem meu desprezo, de alguma
forma também foram importantes: ensinaram-me com a dor, o que me recusei a
aprender no amor. Mas, de todo mondo, aprendi. E desses só quero uma coisa:
distância.
Quem
vale a pena está aqui, quem não está... que pague a vista!
LN
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