Não sei por
que você se foi
Quantas
saudades eu senti
E de
tristezas vou viver
E aquele
adeus, não pude dar
Você marcou
em minha vida
Viveu,
morreu na minha história
Chego a ter
medo do futuro
E da
solidão, que em minha porta bate
E eu
Gostava
tanto de você
Letra de
Edson Trindade – Gostava tanto de você
Parece não
ser nada, deveria parecer simples, nada, mas não é.
Dói com
força, me arranca soluços profundos todo sagrado dia. E o descaso com essa
dor... Deus, é possível ter tanta frieza num coração só? É possível que o
trauma do abandono pelo pai tenha afetado tanto assim a ponto de não haver um
pingo de compaixão naquela pessoa? Como pode uma pessoa saber do estado da
outra e enganar, mentir, afrontar? Isso é crueldade demais que meu coração não
consegue entender. Quando precisou de ajuda e ninguém mais quis dar, eu me
despi do orgulho e dei. Quando eu precisei apenas de um conforto, recebi
pedradas. Faltou só o “bem feito” para coroar a maldade.
A perda e o
descaso doem demais.
A fuga não
ajudou a superar, pelo contrário, só piorou. Horrível sábado de ressaca mental
e moral. Queria morrer... Um pouco de mim morreu. Domingo, nova fuga, mas para
algo que sempre teve o poder de me fazer sorrir. Desta vez não funcionou. Assistir
jogo do meu time, cercada de carinho e cuidado, parada na esquina de um corpo
quente e macio, nada disso foi suficiente pra aplacar a dor.
Um mês
inteiro, uma vida perdida, minha vida abalada. O silêncio é aterrador, sinto
medo, não durmo. Só vejo a vida que se vai, sem que eu possa fazer mais nada a
não ser terminar de expulsá-la para o meu próprio bem. Que ironia! Para que uma
parte de mim viva, é necessário que outra morra.
Sinto
tanto... Sinto muito mesmo. Queria ter feito a escolha certa, ter tido mais
cuidado, pensado melhor. E é isso que também dói muito.
Tenho que
agradecer a Deus por colocar pessoas do bem no meu caminho.
Cilene, que
chorou junto comigo, que me confortou nos últimos dias e me disse que eu serei
uma mãe maravilhosa.
Juliana,
que arrumou um tempo na agenda pra mim, para o meu desespero, e ao me ver, não
queria me deixar ir embora sozinha. Tive de prometer ir de táxi e avisar quando
chegasse.
Rodrigo,
que praticamente me forçou a ir ao Engenhão, me abraçou e aqueceu do vento do
estádio e do frio que fazia em mim. Um beijinho bonito e maroto, roubado, pra
comemorar o primeiro gol. Quando a represa rompeu, surgiu com sua espada e
escudo pra me defender.
Chegará o
dia em que tudo isso será apenas história de alguém que errou tentando acertar.
Neste dia, estarei sentada na varanda, contando isso ao meu filho, meu amado
filho. Porque assim é que será. Com fé em Deus, eu determino. Sem afobação, no
momento certo, com a pessoa certa.
E nós três
iremos conhecer o Rio Gâmbia...
Lucille
Um comentário:
Minha preta...
Vc é guerreira, passou por mta coisa... Só mais uma pra vc contar pro pretinho!!!!!! rsrsrsrs
Proximo jogo ja sabe, é nóix!!!!!!!!
Fui!!!!
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