Esses dias dei para sentir saudade, e, como sempre, levantar uma porção de dúvidas sobre minhas próprias regras e definições, criadas para estabelecer um padrão de vida relativamente saudável no sentido psicológico da coisa.
Saudade e falta são coisas diferentes. Não quero que volte o que já passou ― ainda que tenham sido maravilhosos, tiveram o tempo exato para sê-lo ―, mas a saudade é o resultado do processo construtivo das lembranças. E negar o passado é negar a própria existência, o que, no meu caso, do alto dos meus trinta anos, é impossível diante da riqueza das experiências.
Nunca roubei, nem matei, nem me prostituí e nem me droguei, mas de resto, já fiz tudo. E ainda há muitas coisas que desejo, especialmente as imateriais. Positivamente nunca valorizei tais experiências, mas hoje entendo que sejam as mais importantes desta caminhada: são o que de fato poderei carregar comigo até o fim da estrada e ninguém conseguirá tirá-las de mim.
Ando com meu saco de lembranças, pois me são muito úteis. Para pensar no próximo passo convém lembrar se ele já não foi dado, e se foi, se deu certo. E hoje a saudade me ajuda a redefinir a estratégia da caminhada. Nunca é tarde quando se tem vontade de mudar.
Ansiedade boa nascendo.
L.
Um comentário:
Amiga, é incrível que quando estou lendo o que escreve, lembro direitinho de você e de suas dúvidas... Principalmente em relação aos seus sentimentos.
Beijos e tomara que em seu saco de lembrança eu esteja lá como uma amiga que deixou algo de bom.
Beijinhos,
Simone Castro.
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