Sabe quando
você tem certeza de que estava tendo um sonho bom e fecha os olhos para tentar
recuperar aquela felicidade, e quem sabe, transportar aquele momento para a
realidade?
Sabe quando
você deita com um cansaço pesado e passa suas poucas horas de sono lutando,
fugindo, com medo, chorando, perdido e perdendo?
Sabe quando
você dorme demais e acaba invertendo os polos do sonho, quando o campo verde e
florido se abre e você cai num buraco, se machuca e descobre que ninguém pode
te ouvir?
Estou chegando
a conclusão de que sonhar não é um bom negócio. Se o sonho é bom, dói acordar e
descobrir que aqueles momentos maravilhosos nunca existiram. Se parece ruim, o
restante do dia real acaba parecendo mais terrível que o próprio pesadelo.
Sono foi feito
para descansar e não para criar um mundo paralelo ― e querer viver nele. E
fazer isso consciente, de olhos abertos é pior ainda. Você constrói na sua
mente coisas, situações, afazeres e quando não saem como pensou, você perde o
sono. Acaba que seu sonho se torna em frente aos seus olhos seu grande pesadelo.
Amadurecendo
essa ideia, concluí que não há mais o que ser feito. Nem mesmo esperar: o tempo
só trata de piorar. Abri mão, porque o que deu certo, deu, e o que não deu,
jamais poderei mudar. O que deu certo, ótimo, o que não deu, paciência: fica
pra próxima (ainda que seja a próxima vida).
Sei das
possíveis consequências de me obrigar a viver a realidade, mas também sei que
não razão em sentir tanta dor com sonhos que se tornam pesadelos, no sono ou
acordada.
Viver com o
que se tem, que assim seja.
Lucille
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