quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Hora de acordar



Sabe quando você tem certeza de que estava tendo um sonho bom e fecha os olhos para tentar recuperar aquela felicidade, e quem sabe, transportar aquele momento para a realidade?
Sabe quando você deita com um cansaço pesado e passa suas poucas horas de sono lutando, fugindo, com medo, chorando, perdido e perdendo?
Sabe quando você dorme demais e acaba invertendo os polos do sonho, quando o campo verde e florido se abre e você cai num buraco, se machuca e descobre que ninguém pode te ouvir?


Estou chegando a conclusão de que sonhar não é um bom negócio. Se o sonho é bom, dói acordar e descobrir que aqueles momentos maravilhosos nunca existiram. Se parece ruim, o restante do dia real acaba parecendo mais terrível que o próprio pesadelo.

Sono foi feito para descansar e não para criar um mundo paralelo ― e querer viver nele. E fazer isso consciente, de olhos abertos é pior ainda. Você constrói na sua mente coisas, situações, afazeres e quando não saem como pensou, você perde o sono. Acaba que seu sonho se torna em frente aos seus olhos seu grande pesadelo.

Amadurecendo essa ideia, concluí que não há mais o que ser feito. Nem mesmo esperar: o tempo só trata de piorar. Abri mão, porque o que deu certo, deu, e o que não deu, jamais poderei mudar. O que deu certo, ótimo, o que não deu, paciência: fica pra próxima (ainda que seja a próxima vida).

Sei das possíveis consequências de me obrigar a viver a realidade, mas também sei que não razão em sentir tanta dor com sonhos que se tornam pesadelos, no sono ou acordada.

Viver com o que se tem, que assim seja.


Lucille
 

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