domingo, 8 de janeiro de 2012

Como cão e gata

A distância e a vontade de não saber mais não foram suficientes para aplacar um sentimento poderoso e arrebatador que nasceu há sete anos e até hoje insiste em nos afrontar com sua força, ainda que a gente finja que ele não existe mais.


Foram necessários tantos meses de ausência para que tivéssemos uma noite como essa? Havia apenas duas certezas: a primeira, que conhecendo bem um a o outro como a gente se conhece, estava estampado que a mágoa tinha cedido espaço para a alegria de ver o outro bem e por perto; segunda: música é remédio de alma.

 
Saí de casa pensando em não ir, depois pensei em voltar. A roupa não estava boa, o corpo não ajudava, nem a maquiagem. A única coisa que estava justa no lugar: a sandália altíssima, 0km. E quando percebi sua tez enrubescer levemente e sua atenção se voltar para a minha presença, ah, aí eu tive a sensação de que nada disso tinha a menor importância.
 

E foi exatamente do jeito que você me disse que seria sempre: toda vez que aquela música tocasse, seria para mim ― “haja o que houver”.

Sorri internamente sem olhar pra ti, porque não tinha necessidade, meu corpo inteiro respondia o que você já sabia: eu estava feliz.




Fidelidade canina.



Lucille

Um comentário:

thigo barbosa tg disse...

bom dia Luh!
otima semana!

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