quarta-feira, 24 de julho de 2013

Do cansaço como meio de sobrevivência


Cansei de ser loura.
Cansei de tanta coisa que não dou mais conta de carregar, de dizer, de mostrar. Canso, mas sigo em frente. E esse meu cansaço nada tem que ver com muito esforço e sim com tanto tempo gasto com o que não se pode mudar. As pessoas são o que são, as coisas são como são e não da forma ou no tempo que queremos. E isso é Lei da Vida: vontade não modifica.


Dei tanto murro em ponta de faca, de colher, de garfo e até de panela, que consegui, finalmente, entender que minha mão não foi feita para porrada e sim para o carinho, o afago, o amor.

Meu beijo tem mão no rosto. Quem já teve o prazer e honra de provar, sabe que minha mão passeia pelo rosto do escolhido, como se o toque fosse continuação da língua. Meu beijo não é troca de saliva, é troca de energia sobretudo. E quem não pode ou não quer ou não consegue entender e aproveitar esse momento me cansa.

Meu amor tem gemidos, palavras doces, palavras inventadas, palavras grosseiras e um ardor que denuncia a necessidade e urgência que sinto do outro. E quem não acompanha ou não se reinventa nessa minha fantasia efêmera, me cansa.

Meu trabalho tem simplicidade, comprometimento, humildade pra aprender, tem paixão pelo que faço e uma dose de loucura pelo que sei e nem sempre consigo aplicar. E quem não me permite externar e absorver me cansa.

E quando eu canso, eu largo de mão. O amor mais gostoso, o beijo mais macio, o local de trabalho mais seguro: nada tem tanto valor quanto o meu prazer em dar, fazer, realizar, seja como, com ou para quem for. Meu reforço vem necessariamente de reconhecer que meu estímulo está sendo bem aceito, caso contrário... Partir para a próxima é fundamental para manter a chama da minha sanidade sempre acesa.



 




Sorriso para quem me faz gargalhar franca e abertamente - 20/07/2013 - Meu Lugar


LN

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