As
vezes penso que a vida é nada mais que um jogo: o ganhador, ainda que
temporário, tem pleno direito sobre a paz de espírito do perdedor. Não fosse
por isso, o que mais justificaria a ferrenha batalha pela razão?
As
cartas que determinam os sentimentos são postas na mesa, outras são escondidas
sob a manga ou sob grossa camada de repressão, de vergonha, de falta de
sentimento mesmo. E quem não tem tenta sempre sugar de quem tem, ainda que
pouco, a compartilhar.
Os
dados do tempo rolam na mesa da vida, e quem saberá qual sua vez de jogar?
Atropelam-se pesadamente os jogadores, porque sair primeiro dá a falsa sensação
de que vence quem termina primeiro. Ilusão. Se cansa primeiro quem termina
primeiro.
O
grande problema desse suposto jogo é que a razão só se revela boa ou ruim
quando não há mais volta.
E
aí, o ganhador torna-se o grande derrotado.
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