sexta-feira, 25 de abril de 2014

De além-mar

Há 3 dias se alguém me perguntasse qual meu preconceito, eu saberia responder na ponta da língua.




Subi a serra pra passar alguns dias em paz com a família com os dois pés atrás com a pessoa que me aguardava lá. Ao telefone aquele sotaque carregado me fez tremer (de medo, de raiva, de vontade de mudar a rota). Respirei fundo, entreguei à Deus e fui.

Além do sotaque, ela era loura, idosa e dona do negócio! Ô, sorte! Subi com sangue nos olhos, pronta pra "batalha" emocional de segurar a língua na boca pra não faltar com o respeito.

Fui recebida com sorrisos, ela se encantou com meu sobrinho - "quem beija meu filho, minha boca adoça", não é assim o ditado? - nos deixou super a vontade, fez parecer que era casa de vó e se despediu com um abraço terno, de quem fica com saudade.

Na volta pra casa olhando a paisagem linda que ficava pra trás, me peguei sentindo saudade de Dona Lili, a senhorinha sorridente de fala mansa.

Definitivamente Deus é bem humorado. E faz as coisas acontecerem parecendo acaso, coincidência, quando na verdade é chamada pra vida: se você se fechar, deixará de ver a beleza do ser humano.

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