domingo, 2 de setembro de 2012

Dama e vagabundo



Não entendi! Eu estava zangada com você e você colocou a música que eu mais gosto, que me lembra você. Pra quê? Pra me provocar, né?
Você perguntou, mas já deu a resposta: porque é a que você mais gosta, porque eu gosto também, porque ela faz parte da nossa história.
Mesmo a gente estando brigado?
Sempre. Entende uma coisa: toda vez que essa música tocar, será pra você.
Pra sempre?
Haja o que houver.











Nossas vidas tomaram rumos diferentes, nossos corpos já estavam separados e nossas mentes não mais seguem o mesmo raciocínio. Ambos crescemos, casamos, separamos, mas nossas vidas já não se cruzam mais. E nesse momento não quero julgar os motivos que culminaram nesse fim, mas quero sim, pensar que ambos fizemos sorrir um ao outro, tomamos as dores, curamos os porres morais, abraçamos nos momentos de tristeza, nos orgulhamos das conquistas um do outro. Nós fomos muito mais que amigos: fomos almas gêmeas que se encontraram no momento certo para que essa vida fosse um pouco melhor.
E ontem, novamente, ele me provou que a verdade, a nossa verdade, a promessa silenciosa que fizemos há cerca de 7 anos, será mantida enquanto nos lembrarmos daquelas noites bandidas em que, a despeito da multidão, havia no mundo apenas nós dois e nosso sentimento forte nos unindo. Aquele exato momento em que a batida da próxima música se fazia presente, nossos olhares se encontravam e nossos sorrisos brilhavam uma cumplicidade que nenhum outro ser vivente poderia compreender.

Obrigada por ontem. Obrigada por todas as noites nesses anos todos em que me lembrou “essa é minha parte, pra você”. Obrigada por respeitar e guardar essa bonita parte da nossa história.



Lucille

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