segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Não há mal que não acabe


Ultimamente ando sem vontade de escrever, de imortalizar o que tenho sentido. Não que me falte a inspiração, é que me abandona a vontade de relembrar o gosto desagradável de alguns dias.
Começando assim, parece até que estou em depressão profunda, vendo tudo cinza-escuro, querendo morrer. Também não é isso. Desde o final de abril minha vida perdeu um pouco do brilho em alguns dias. O que era para ser um dos momentos mais importantes se tornou um dos pesadelos. E nele eu estava sozinha, aflita e não havia jeito de acordar. Mas, como não poderia deixar de ser, como sempre aconteceu com todos os péssimos sonhos que tive, acordei desse também. Era apenas um sonho, meu sonho. E eu mesma fiz meu pesadelo quando achei que pudesse dividi-lo com alguém. Até poderia, mas escolhi a pessoa errada. E lembrar esses dias, e o que poderiam ter sido, e o que eu fiz para que não chegassem ao ponto que chegaram, isso tudo me deixa sem vontade de ajudar a mente a guardar. Prefiro que o esquecimento seja natural, dia a dia, um passo de cada vez, cada coisa em seu lugar.

Quando a dor me assalta, sai cada soluço que me assusta. Parece que estou perdendo um pedaço do corpo, que uma ferida enorme está aberta e sangrando. Sinto-me perdida, fraca, com medo, triste, infinitamente triste e desamparada. Sento no chão frio do banheiro e deixo a tristeza escorrer até que o coração fique leve outra vez. No entanto, é também um momento de conversa franca com Deus, de pedir, de agradecer, pois se não é como eu quero, certamente é como eu preciso.

Não posso afirmar que a tristeza seja minha melhor amiga embora não seja de todo errado dizer que me visita habitualmente , afinal os dias bons são verdadeiramente bons e a esperança em dias melhores é de verdade a que me acompanha, desde o minuto em que me levanto até quando mergulho em sonhos novamente. Nos sonhos a esperança me diz coisas sobre as quais não tenho poder, não sei e não entendo. Mas acredito!

Os dias bons são de missa, feira, rosas amarelas e brancas, feira, compras, passeios, salão, aula, pavê crocante, beijos, abraços, sorvete de framboesa, Ice, hip hop e samba.
E esses, sim, merecem ser registrados. Em breve.


Lucille

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