Tenho
sentido coisas que há muito não vivia.
Calores,
desejos, vontades, tudo que pensava não voltar a sentir, pelo menos não da
justa forma em que acontecem: com profundidade que me alcança o espírito.
Num
momento queria morrer, noutro renasci; e floresci.
Recebi
abraços, de todas as cores e perfumes. Busquei abraços antigos, alguns perdidos
no tempo e congelados sob grossa camada de mágoa. Recebi novos abraços, afagos
sinceros de quem só me queria ver bem. Recebi sorrisos, confiança, paz e
beijos. Sim, beijos que abriram os ferrolhos pesados que me prendiam no ontem.
Aquela
dor absurda que durou três semanas, finalmente passou. O peito se encheu de ar
fresco, esperançoso: ele me deu uma borboleta e eu voei novamente ― por minhas
próprias forças.
Os
dias seguem cheios de descobertas, novidades. A vida é outra, em potencialidades
e, por que não dizer, em fraquezas também. Tenho sentido coisas que não vivia,
sobretudo as que nunca conheci ― e essas são as melhores.
Lucille
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