segunda-feira, 18 de junho de 2012

Transformando barro em arte


Tenho sentido coisas que há muito não vivia.
Calores, desejos, vontades, tudo que pensava não voltar a sentir, pelo menos não da justa forma em que acontecem: com profundidade que me alcança o espírito.
Num momento queria morrer, noutro renasci; e floresci.

Recebi abraços, de todas as cores e perfumes. Busquei abraços antigos, alguns perdidos no tempo e congelados sob grossa camada de mágoa. Recebi novos abraços, afagos sinceros de quem só me queria ver bem. Recebi sorrisos, confiança, paz e beijos. Sim, beijos que abriram os ferrolhos pesados que me prendiam no ontem.

Aquela dor absurda que durou três semanas, finalmente passou. O peito se encheu de ar fresco, esperançoso: ele me deu uma borboleta e eu voei novamente por minhas próprias forças.

Os dias seguem cheios de descobertas, novidades. A vida é outra, em potencialidades e, por que não dizer, em fraquezas também. Tenho sentido coisas que não vivia, sobretudo as que nunca conheci e essas são as melhores.


Lucille

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