domingo, 20 de novembro de 2011

A morte da esperança


Numa tentativa de resgate, existe o risco da perda definitiva.

Dei de mim o que havia de possível; não dei o melhor, nem mesmo qualquer coisa: fiz o que me foi possível em cada momento. O resultado não pode ser considerado bom apenas no final: o desenrolar da história diz muito do que se pode esperar no fim. Neste caso, há também a possibilidade de mudanças — desde que haja vontade — para que outro final seja desenhado. Ou para que não chegue ao fim.

Quando nada encontra uma luz, uma mudança — porque não houve vontade, maturidade, coragem, ou todos juntos —, o final acontece como previsto e tentar reatar tais laços pode levar ao processo de desligamento definitivo.

Foram duas semanas de sofrimento, nenhum abraço, nem sequer uma ligação para desejar melhoras, nada. Caso passado, recuperação plena e vida seguindo em frente cheia de esperança, eis que surgem mensagem de texto via celular e até e-mail. Para quê? Por quê? As dúvidas por trás destas perguntas podem ser variadas, desde “será que ela está com alguém?”, ou “como ela está sem mim” até mesmo “ela não vai mesmo me procurar?”. Então tento responder com a sinceridade do coração e a lógica do pensamento maduro: para que e por que? Não achando nada em mim que supere a solidão daqueles dias, coloco mensagem e e-mail no saco das pendências que serão resolvidas quando nada mais importante estiver na frente.

Lucille

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