domingo, 1 de novembro de 2009

Brincando de viver

Os problemas ficaram menores ou foi a felicidade que aumentou?
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Ainda não decidi no que pensar primeiro, o que contar, o que guardar. Quero apenas que esses doces dias eternizem-se numa lembrança viva e que eu jamais esqueça o peso da palavra amizade. Nunca mais.
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Entendi que a expressão "não deixar morrer a criança dentro de você" não significa bancar o infantil pela vida toda, mas sim, enxergar a beleza das coisas simples, sorrir para si mesmo e tomar banho de chuva sem medo de ficar gripado. A minha criança, neste momento, está andando pelo morro, subindo e descendo escadas, pulando amarelinha, sendo a líder do pique-pega, pique-lata e outros tantos piques criativos. A minha criança sempre foi madura para sua idade, mas sempre foi levada, estabanada e risonha. A minha criança anda de pé no chão, bermuda e camiseta, parecendo um moleque. Na verdade, minha criança não tem sexo, ora é menina, ora menino, de acordo com o que a vida exige.
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Hoje, minha criança está muito feliz. Ganhou doces, brinquedos e ouviu histórias de contos de fadas. E a princesa, após passar muitos anos triste, presa no castelo do malvado monstro, segurou a barra do vestido, deu língua pro monstro, abriu os portões, meteu o pé pra fora do castelo, mandou dar uma festa na cidade, dançou que nem plebéia, cabelo jogado e bumbum pro alto, a danada tanto fez que, quando menos esperava (esperava, sim), foi encontrada pelo príncipe-menestrel, derreteu-se com suas palavras e, cansada de ser adulta, desenhou um navio, pegou o príncipe pela mão e com ele foi viajar pelo mundo.
E foram felizes até onde se tem notícia.
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Dizem que em algum lugar da Terra, eles preparam um novo reino. Zamunda.
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L.

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