domingo, 27 de setembro de 2009

Determinante, contundente, sagaz

“Ela teimou e enfrentou o mundo se rodopiando ao som dos bandolins.”

Oswaldo Montenegro

Não quero escrever. Não sinto vontade. Aliás, ultimamente, depois de me encontrar na nova fase do jogo, tirei todas as papas que ainda restavam na língua e nos dedos. Desde então, só faço o que e quando sinto vontade. Sabe assim, agora mando eu? Pois é. Na verdade não mando nada, ficou bem provado quando fui obrigada a marcar a data da cirurgia. Eu só obedeço. Mas a Deus tão somente e não a nenhum outro mortal. Não mais.

Então, como não quero escrever, também não quero contar o que se passou naquele consultório segunda-feira, muito menos a noite e, menos ainda, o que eu decidi. Aos fofoqueiros de plantão, minhas sinceras desculpas. Sinto desapontá-los, mas dessa vez reservo-me o direito de contar o que e pra quem quiser. Afinal, agora eu só faço o que quero.

Quem chega na minha idade, com essa bagagem de surpresas, pode se dar o direito que bem entender. Não era pra ter isso tudo, mas como Deus determinou que eu deveria passar por isso tão nova e antes mesmo de parir (ou para não parir), então eu escolho a forma pela qual vou passar por essa fase. E eu escolhi passar bem.

Nada de sentimentos negativos, nem baixo astral. Pelo contrário, todo dia é dia de festa. Pelo menos tem sido. E quando não é festa, ah, aí eu mando logo todo mundo se fuder e fica tudo bem. :-) Ops, escrevi palavrão? :-o Ah, foda-se! O blog é meu, escrevo o que eu quiser. Quem não gostar, que faça o enorme favor de não ler. Pagar de escritor metido a intelectualóide é um barato, mas não sei o quanto de humanismo existe nisso. Talvez nada. E como eu sou bem de carne e osso, meu sangue são essas poucas palavras que ora sinto vontade de registrar.

“Eu não sei fazer poesia...

Mas que se foda!”

Charlie Brown Jr.

Agora melhorou. Essa sou eu. :-D

Não quero e não vou escrever, mesmo. Mas quero que saibam, os passantes, que estou bem e não tenciono não ficar. Agora, exatamente agora, não existe muita coisa que tenha o poder de me entristecer. Não nesse ponto da vida. Agora, haja o que houver, estarei sorrindo, porque é o meu melhor para esse mundo carente de pequenos gestos humanizados.

Porque é isso que eu sou: um ser humano, com amores e dores, mas, acima de tudo, feliz.

Não tardo a voltar, porém, também não sei quando.

L.

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