domingo, 2 de agosto de 2009

Irmão

Nós vamos sair dessa, querido. Tenho fé.
Erramos muito no passado, fizemos sofrer quem não merecia. Tivemos nas mãos possibilidades de felicidade eterna várias vezes, e, claro, jogamos pro alto como que a vida fosse parar na casa dos 22 anos. Não para, não é mesmo? E agora vemos o amanhã chegando sem cor, mudo e sombrio. Amanhã? Não, isso que vemos é o nosso hoje. Nosso hoje é feio e isso dói. Mas o que machuca mesmo é olhar pra frente e não ver algo melhor.
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Você me pergunta o que fazer. Como vou te responder se é a mesma pergunta que me faço e gostaria tanto que alguém me desse a fórmula mágica numa resposta? Na verdade, eu tenho a resposta para te dar. Sei dizer a você, com todas as letras o que deveria fazer. Mas são palavras que nunca funcionaram comigo. Será que a minha teoria daria certo com a sua prática? Pra mim nunca deu. Fiz tudo conforme planejado, como me ensinaram tantas vezes. Fiz de tudo, só não matei. Ainda. Olha só em que ponto chegamos? "Só a morte daria jeito". rs Isso é macabro, mas tem um fundo de verdade. Mas quem deveria morrer? Eu? Fora de cogitação. Já morri demais nesses três anos. E você, morreu quantas?
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Eu queria te ajudar, te dar esperança, algum conforto e paciência. Eu quero que você saia dessa. Eu quero que nos encontremos, os quatro, e passemos um fim de semana fantástico em algum lugar do mundo, falando besteira, rindo, bebendo e fazendo amor. Eu quero te ver com aquele sorrisão largo, os olhos miúdos de tanto rir, feliz, cansado e com a aura boa de quem ama. E, mais que tudo, quero que ela te ame e te respeite. Quero que ela dê valor a toda essa alegria doida que você carrega, que te empurre pra terminar essa faculdade encruada, que te mostre que ser adulto não é tão ruim quanto você pensa e do que tanto foge. Eu quero que você olhe-o de lado a lado, alto a baixo e sentecie "Gostei desse lek". Quero rir desmedidamente quando você se juntar a ele pra falar mal de mim. Quero que você sinta ciúme, mas fique feliz por eu estar feliz. Quero que ele honre cada minuto do meu lado e te mostre que sua opinião tem fundamento. E, mais que tudo, quero que ele me ame e respeite, e me deixe ser apenas eu mesma, com meus defeitos e minha enorme vontade de fazer diferente e certo.
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E não haverá mais mentira, nem traição, nem falta de palavra.
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Vamos dar as mãos, meu amor. Não por autopiedade, não é do nosso feitio e nem há necessidade. Vamos dar as mãos, sair por aí, ver o outro lado dessa vida e no fim, encontrar dignos de nossos sentimentos e descobrir no final, que tudo isso tinha uma forte razão de acontecer.
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Vem logo, vamos embora que o bonde nos espera.
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Te amo um monte.
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L.

Um comentário:

Cadu disse...

Obrigada irmã!!

Te amo mais que tudo, e tenha certeza que tudo dará certo.

No final, td sempre dá certo!!

Te amo

D.

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