domingo, 19 de julho de 2009

Abraçada a você

Ah! Quanto tempo sem passar por aqui. Todos carentes de notícias minhas e eu, carente de dá-las. * O aniversário, a comemoração do dia do meu nascimento, foi o que se poderia chamar de horrível. Sim, poderia. Mas não ousaria dizer uma coisa assim. Eu tinha acabado de descobrir que não mais precisaria operar o nariz, pela segunda vez na vida. Estava com saúde. Minha família estava bem. Meu trabalho e minha carreira em evolução. Eu poderia dizer que alguma coisa foi horrível quando as mais importantes estavam bem? Sim, eu fiquei triste, bem triste. Mas, no final das contas, com aquele bolo, meu nome em cima, escrito daquela forma tão querida e carinhosa que eu tanto amo ver e ouvir ser chamada, receber em forma de presente tantos beijos e abraços, telefonemas, mensagens de textos, recados e até e-mails, sim, isso tudo fez com que a passagem pelo dia 12 de julho fosse boa. * Quanto a mudança de idade, esta já havia acontecido desde janeiro deste ano. De lá pra cá, só vim aperfeiçoando. * Alguns ciclos se encerram para que outros possam começar. A Hatha Yoga foi a melhor coisa desse ano, até agora. Para uma pessoa naturalmente em velocidade 4 como eu, aprender a controlar corpo e mente de uma vez só, é um esforço fora do comum, que, na verdade, se torna a melhor forma de evoluir para a velocidade 2. Saio da aula pisando leve, em outra dimensão. Acho que deve ser porque, de cabeça pra baixo, o mundo fique mesmo diferente. Segurar o dedão do pé com a perna esquerda no alto, em 90º? Mole. Difícil é fazer a cara de paz e felicidade que meu professor rasta-branco pede. Ou uma coisa ou outra! Mas, sem dúvida, foi a melhor escolha. * Arruda me disse: “Saia da casca. I. vai brigar por você”. Pedi licença a Deus e deixei. Se eu não posso enfrentar sozinha, então toda ajuda será bem-vinda. * Eu tive vontade de ir embora, de armar o barraco, de chorar. Mas, pra quem é aluna iogue, isso não é atitude correta. Pranayama em ação, pensei melhor e fiquei. Ouvi uma piadinha, várias risadas e um dedo apontado na minha direção. Ok, moça. Ele foi seu querendo a todo custo ser meu e isso você não engole, né? Aliás, dessa forma, ele nunca foi seu. E até hoje, por mais que queira e tente, por mais que se jogue aos pés dele como ainda faz, humilhando-se por algo que nunca será, ele continua não sendo seu. De coração, acho uma pena. Alguém que nada tem a perder deve mesmo ficar com alguém que nada tem a ganhar. Os iguais que se opõem. E me atacar gratuitamente com piadas e gracinhas não a ajudará a conseguir seu intento. Estou fora dessa. Fiquei. Fiquei e fiz o que de melhor sei fazer: iluminar. Dancei, me diverti demais, ri até o maxilar doer. Eu só sei que vi o Sol surgindo sobre mim, enquanto eu ainda sorria e achava que a vida poderia ser perfeita, mas como não é, me contentava com ela sendo boa e achava tudo muito bonito. * Ela me chamou, eu disse que iria. Quando chegou o momento, pensei em desistir. Fui. Não tivesse ido, não teria ouvido a música mais agradável do ano "Hold on to you". Não teria me divertido, não teria... Adorei cada minuto, mesmo com uma dor insistente nas costas. Caminhei por nuvens brancas, com meu vestido rodado, flores no cabelo e um sorriso no coração. “Saia da casca”, ele me disse. Segui o conselho e não me arrependi. Memorável noite. * Estou feliz outra vez. Centralizei os esforços, reuni coragem e parti pra luta por mim mesma. Me resgatei e agora, em paz, consigo estudar melhor os passos para a próxima caminhada. E agora, se me dão licença, vou ali viver e volto já. Maravilhosa semana. L.

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