quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nos seios da face

Cada dia uma nova realidade se desenha diante de meus olhos. A cada suspiro, uma descoberta.
Estes dias fui pega por uma notícia não trágica, porém não alegre também. Além do turbilhão em que vivo, há ainda aquilo que acontece para completar o ciclo de acontecimentos negativos que me fazem andar chorando pelos boxes do banheiro do trabalho. Poderia ser o sentimento zumbi que mesmo morto insiste em não deitar, me deixando acreditar que a qualquer momento poderá ressucitar, para no minuto seguinte, no exato minuto seguinte, mostrar-me que não passa de um fantasma deprimimente que assusta criancinhas. Poderia ser um dos últimos e avassaladores desejos ainda não realizados, voltando com força para me mostrar que ainda existem, são fortes e são necessários, tanto quanto as pessoas que formarão minha nova família. Poderia ser a crise financeira mundial, ou a pior de todas, a particular. Poderia ser o desagrado com o reflexo no espelho, que mostra os caminhos pelos quais segue meu corpo, nem sempre para o mesmo lado que a mente. Poderia ser a enorme dificuldade de concentração nas responsabilidades e suas terríveis consequências. Poderia ser só TPM, mas não é. É uma fina massa branco-acinzentada que permeia a cavidade nasal, logo abaixo dos olhos, bem acima da boca. Atrás do nariz. No meio das maçãs rosadas do rosto. É uma secreção que segue livremente pelo rio que passa pela garganta. É um remédio de alto valor para uma vida infinitamente mais valiosa. É o momento em que tudo o mais perde o sentido diante da enormidade da questão que abarca uma vida toda de sonhos e esperanças. É o medo do "ar puro da montanha" e do breu que se segue ao último e profundo suspiro. É a dor aguda que fica após o retorno. É a solidão obrigatória do único momento em que o fino elo entre a vida e a morte é posto à prova. É preocupação tão plural pelo sofrimento singular. Dá uma vontade de gritar, abrir a boca e deixar que toda a raiva misturada a dor saiam, até que, exaurida, eu possa cair sobre mim mesma e adormecer enquanto o mundo vive lá fora e descobre as curas para as dores de corpo, e, sobretudo, de alma. Quando fica escuro e pesado, parece que há ainda uma necessidade de maltratar ainda mais. Crueldade. Facilita a escolha dos que atuarão do lado de cá do time. Poucos. Para cada dia de incerteza haverá um poder máximo que determinará a chegada do dia em que tudo será um sorriso iluminado. Seja qual for o desfecho, a fé é o que move e o que alimenta o hoje. Tudo vai dar certo. L.

Um comentário:

Vy Cruz - Fênix disse...

Ixxiii...
Seja lá o que for, vai passar.
Se tem alguém que sabe disso, esse alguém é você, né?

Na torcida aqui, ok?

ps:Tava ruim de segurar a saudade, mas como TUDO PASSA, o 'exílio' passou e tô aqui de voltaaaa rsrs

Assim sendo, 'TAMO JUNTAS'

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