quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quer teclar?

Olá, mundo!

Hehehe... é, tô feliz. Imitações do meu estilo à parte, cansei de escrever em primeira, segunda e até em quarta pessoa. Hoje somos só nós, eu e vocês que me leem neste exato momento. Assim que vocês gostam, bem “querido diário”, né? rsrs Eu sei disso. Talvez eu seja uma autora relapsa com o intervalo de minhas atualizações, mas jamais o serei com os sentimentos de meus leitores.

Estou bem próxima do maior achado de todos os tempos: a prova definitiva de que homem tem uma enorme facilidade pra ser feito de bobo. Nestes vinte e oito anos, vi e vivi situações que deixaram algumas dúvidas, mas bem poderiam ser provas fatais. Acho que cheguei bem perto do Santo Graal feminino ao constatar, mais uma vez, que um perfil fake com uma foto bonita é o que basta para transformar um ser andante em rastejante. Hahaha A “bonita” tentou me adicionar logo após ver um recado meu na página de um de seus admiradores. Só que ela esbarrou numa muralha de 1,67m de desconfiança sólida. Olhei, cheirei, apalpei, passei o dedo e senti o gosto. Parecia ser de verdade, parecia mesmo. Mas, especialista em detalhes que sou, sabia que mais cedo ou mais tarde “ela” se trairia.

Não aceitei o convite de amizade, deixei-o pendente até que pudesse ter certeza do que se tratava. Agora me diga, cara leitora, se você se chamasse Livia Tainara colocaria isso tudo no Orkut? Seja sincera. E você querido, daria atenção a alguém com esse nome de aluna do Jardim de Infância da Tia Lili? (Diz que não, se não vai passar recibo de idiota!) A primeira reação foi raiva, affmaria, se estivesse na minha frente tinha morrido só com o meu grunhido monstrengal. Depois, meu décimo sexto sentido feminino me alertou que havia qualquer coisa de errado com aquela foto sorridente, de cabelos lisos, longos e pele branca. Alguns dias foram necessários até que a raiva desse lugar ao faro, e este, claro, nunca me enganou. Ou era piranha da pior espécie (o que eu tinha quase certeza que não) ou era mais um fake, se acabando de rir dos otários esfomeados de plantão.

Levei apenas alguns cliques pra descobrir que só havia homens no perfil “dela”, apenas 47 homens amigos da pistoleira. Ri sozinha, vendo que minhas suspeitas iam pouco a pouco se confirmando. Não havia recado, apenas o meu, longo e ácido, mostrando com fingida delicadeza que eu não estava a fim de papo com essas pu...(piiiiii) de orkut. Mas estava errada, tinha uma mulher, sim. Apenas uma. Perfil parecido, sorridente e etc., porém loira. O recado: “que bom que fez outro perfil” e isso justificaria o perfil com poucos amigos. Sim, mas não com um perfil essencialmente masculino.

Cara, nego ou é muito burro ou gosta de ser chamado de burro. Gente, eu confesso, já fiz perfil fake (calma, tem mais de sete anos e já deletei), mas há que se observar que, para parecer verdadeiro, o perfil deve, obrigatoriamente, ter dados verdadeiros. Onde que uma loiraça belzebu vai adicionar o cara feio e duro chamando de amigo e amorzinho? Alou-ou?! Acoooordaaaaaaa!!!! Pede pra sair!!! Hahahaha Se o cara a ser investigado não é lá um carregamento da mais pura essência da beleza física, então a isca não pode ser salmão, tem que ser no máximo uma sardinha. Em lata. Tem gente até hoje sonhando com o meu fake da... bem, não posso contar, se não ele me mata. Hihihi

Baseada nisso, fui até a loura, que também só tinha amigo. Mais uma vaga...(piiiii). Cúmulo da jumentice masculina foi um depoimento de um dos amigos “gata, sou casado, então fiz esse perfil só pra falar com você, quero muito te conhecer”. Justiceira, queria ir atrás da esposa e denunciá-lo, mas lembrei de um dado importante, nós da Confraria das Santas, enquanto o tapado tá crente que tá abafando no mundo virtual, estamos sendo abafadas por um beijo quente e bem real. Mas isso é assunto pra outro post. Deixei de lado o riso sarcástico e continuei a busca. Tudo ali cheirava a novo, tipo móvel recém comprado nas Casas Bahia: qualidade duvidosa e dez anos de parcelas baratas. Quanto mais via, mais queria descobrir, parecia até filme de suspense, eu sabia que ia tomar um sustão, mas segui em frente (se não num tem suspense, né? dããã). Achei um recado suspeito: “de onde nos conhecemos?”. Orelhas em pé, concluí que a única mulher no perfil da loura, a única que deixara recado, também não a conhecia de antes. Fui atrás da terceira pessoa. Estava virando uma rede de intrigas. (Hahaha Agora sim, até nome de filme!)

Com todo cuidado adicionei a mulher, foto de perfil com um tenebroso chapéu rubro-negro na cabeça. Em semana de decisão de campeonato, não podia ser pior: uma fake flamenguista. Fui com cuidado, afinal, nunca se sabe o que uma torcedora fake daquele time seria capaz de fazer. Podia até ser hacker! Cruz-credo. Quando ia fechando o navegador, ela me respondeu, mas não ia voltar pra falar o que era, mas nem fu...(piiiiii). No dia seguinte ela me chamou (ufa, não era fake também) e perguntei se ela conhecia a tal loura. Ela negou. Papo vai e papo vem, descobri que a mocinha era gente boa, se bobear faz até parte da Confraria. Ela foi lá, fuçou também, e juntas constatamos que, sim, ambas eram perfis fakes.

Ri de cair da cadeira com Pâmela, especialmente das zebras que adicionaram as fakes em busca de diversão fácil. Foi-se o tempo (bom) em que lugar de traição era a Vila Mimosa. Ficava tudo ali mesmo, só o marido e a rapariga sabiam e em pouco tempo, ambos esqueciam. O tempo exato de vestir a roupa. Hoje, com o advento do Orkut, Traitório Nacional, todos sabem quando um mané resolve se pós-graduar, e passa para idiota em via pública da rede nacional. Melhor, rede internacional. Não, melhor ainda, rede intergaláctica, porque, afinal de contas, essa pagação de love pra perfil fake não passa impune nessa vida. O cara pode até ser desculpado por, bêbado, cantar um traveco na Lapa. Mas pagar paixão pra alguém que, do outro lado do monitor chora de rir da carência alheia (isso pra não dizer safadeza), é de fato digno de ser gargalhado por horas a fio até doer a barriga.

Satisfeita com a descoberta e por estar certa outra vez, recusei o convite de amizade da fake filha da...(piiiii). Como fui com o santo da Pâmela, parceira caçadora de fake, e ela com o meu, firmamos a amizade, que espero, assim como tantas outras, saia do www e vire aquele gostoso abraço seguido do gritinho de guerra das Santas: “amigaaaaaaa!”.

Agora, fala sério, é legal gastar os outros, mas é muito melhor fazer isso olhando nos olhos, ver as caras de paisagem da pessoa sendo zuada e isso é um prazer que o disfarce não deixa ter. Por isso eu recomendo: sinceridade é tudo nessa vida. Tá a fim de trair? Jogue limpo. Melhor do que aguentar galho e gozação pelo resto da vida.

Hã? Quê? Dizer quem foi o Fenômeno que deu idéia pro fake? Hahaha Vocês não valem nada mesmo. Tal autora, tal leitores. Não posso agora, mas prometo escrever no capítulo do meu livro que falará sobre os meus casos orkutianos de vida e morte. E não são poucos...

Tô indo nessa.

Fiquem com Deus.

Um beijo,

Lucille

3 comentários:

Jeff Faria disse...

Dei algumas risadas!
Obg pela história.

Jeff... o Interpretador

Mauricio disse...

hahahaah no melhor estilo mesmo tu é demais na medida certa

Mauricio (preto vacilão)

RAHZAK disse...

QUER BRINCAR DE INTERNET NÉ? NÃO VAI ME DEIXAR EM PAZ? OK!!!

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