sábado, 21 de junho de 2008

Sem choro, bola pra frente!

Sei que muitos dos meus assíduos leitores vêm aqui pra saber como eu estou. (Custa me ligar pra saber?) Enfim, acessar o blog é mais fácil, né? Sem problemas, já entrei no jogo. Respeitando essa vontade, não me furto a contar como vou, para os que se preocupam ou até mesmo para os que só gostam de acompanhar minhas aventuras.

Vim hoje apenas para contar que não vou bem. Desde o mês passado estava doente, mas a falta de tempo e sendo bem honesta, a despreocupação comigo mesma, não me deixaram perceber o quão grave estava. Não se preocupem, não vou morrer. Pelo menos não agora! rsrs É uma doença complicada, mas com umas boas doses de cachaça há de passar! rsrs Não sei que tanta graça eu acho... Há alguns minutos estava me esvaindo em lágrimas. Mas não há nada como ficar doente no colinho da mamãe. Já está até passando... rsrs Falando sério agora, não estou de cama, nem sangrando loucamente, nem mancando (hahaha), nem vendo tudo azul, nem trocando as palavras. E nem queiram saber o que é, sinto muito, mas essa não conto. Aposto que vcs curtem mais quando conto coisas boas, né? Então não quero que sofram comigo, ok? O remedinho já está em ação, fiquem tranqüilos (porque eu não estou), que em breve tudo estará bem.

Foi engraçado o médico: “vc, hum... bem... tem dormido fora de casa?”. Tadinho, ele não era ginecologista então ficou super sem graça pra me perguntar se eu estava indo ao motel. Hehehe. Após muitas e muitas perguntas, sorriu com o canto da boca, como quem diz “eu sou o máximo” e disse “já sabe o que vc tem, né?”. Nem sonhava. Quando ele falou, só não caí porque estava sentada. Com tantas perguntas, achei que no fim ele iria dizer que eu estava a beira da morte, mas graças a Deus não era pra tanto. Mas de todo jeito, doença, seja ela de qual porte for, é sempre ruim. Saí do consultório aos prantos, as pessoas na rua deviam estar pensando “xi, quebrou a unha” rsrs Quando me acalmei (me acalmei?) comecei a pensar no pior de tudo: a dinheirama que teria que gastar com remédios. Putz! A parte pior de ficar doente é o custo da brincadeira, afinal, pra quem não sabe, um simples Tylenol, aquele que a mãe dá pra criança quando ela tem febre, coisa normal na infância, custa quase R$5,00!!! Gente, sem brincadeira, os preços de remédio estão pela hora da morte! Hahahahahaha Perdoem o trocadilho infame.

Depois que o chororô passou, fui fazer aquilo que mais me alivia: cozinhar. Mais um show no fogão, fiz um bife acebolado com batata-frita jamais provado nesse mundo! Palmas pra mim! Sem contar que fiquei mestra no arroz branco. Com o buchinho cheio, não dá vontade de chorar então me impus a primeira condição pra melhorar: parar de me lamentar. Onde, quando e porque são perguntas proibidas. O que interessa é melhorar. Até porque eu não sou mulher disso, lamentar é pros incompetentes. E competência não é fazer certo sempre, mas sim, quando acontecer o erro, não desistir da busca pelo certo.

Comecei o dia seguinte, ceifando tudo que me fazia mal e poderia contribuir para minha não melhora rápida. Ao invés de pegar o maldito do metrô, transporte de corno mesmo (ninguém merece aquele lixo!), levantei meia horinha mais cedo, depois do delicioso banho, remédio, roupinha bonita e um sapatinho caramelo de boneca, fui trabalhar num confortável ônibus suburbanamente lotado. Não, pára tudo! As pessoas entram, cada um toma seu lugar em pé, amontoam-se pelo corredor, mas ninguém, vejam bem, ninguém empurra, nem agride verbal ou fisicamente. Consegui até ficar feliz em ir em pé até o trabalho, além de não mais chegar estressada, ainda cheguei 15 minutos mais cedo. Concluo que, meus colegas de trabalho que dão ataque, possivelmente são usuários do metrô. E para vocês que ainda insistem em pegar aquilo, eu advirto: cuidado, o metrô pode ser o causador de todos os seus problemas. Tudo bem, todos não, mas que ajuda a piorar, isso ajuda!

Dureza mesmo é não poder beijar e abraçar os que amo, principalmente meu sobrinho. Meu Deus! Isso é o que dói mais. Eu expliquei que não poderia ficar com ele nos braços, ele entendeu, mas foi pro outro quarto chorar baixinho e sozinho. A avó viu e carregou ele até o meu colo, e mesmo não podendo, choramos juntos e abraçados, uma dor que só quem ama sabe o que é. Viajei no tempo, 22 anos atrás. Eu com catapora, minha mãe grávida do meu irmão. Mesmo não podendo, choramos juntas, pois ela não podia ficar perto de mim já que corria risco de passar pra ele, aos oito meses de gestação.

Tudo vai dar certo. Amo essa frase de minha autoria, me apego nela e não largo nem quando tudo dá errado. rsrs Aconteça o que acontecer, uma hora tudo estará no seu devido lugar.

Agora vou continuar a arrumação do quarto, pois uma guerra foi declarada. Foi tão bom voltar pra casa hoje. Meu bairro, definitivamente é o mais bonito de toda a cidade. Do estado. Não, do mundo! O cheirinho de casas antigas, árvores, os “vizinhos”, tudo aqui me deixa tranqüila. Mas no meu quarto, a coisa toda me irrita, e muito mais, mais que tudo, esse maluco idiota no meu ouvido. No one deserve it!

*-*

O post de hoje teve duas passagens em tempo real: o choro em dupla e o maluco na minha casa. Aconteceram e eu escrevi.

*-*

Namorada (ou ex, num sei) de ex meu, lendo meu blog e me contando isso, que gosta de me ler? Uau! Obrigada, de verdade. Quero só ver quando eu lançar o livro, se todos estarão na tarde de autógrafos! rsrs Fico pensando, eles, elas, todos lá, estendendo meu livro e eu escrevendo “Com amor”, pra gente que jura pela mãe mortinha que me odeia. rsrsrs Eu também “odeio” todos vocês.

*-*

Quando o domingo chegar, tudo terá se tornado melhor. Tenho fé no meu MARAVILHOSO Deus.

Com amor,

L.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por vir e por ler!
Fique a vontade para comentar, sua opinião é muito bem-vinda.