terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu determino e assim será

Disciplina e perseverança

Quem me conhece sabe o tamanho da minha fé e esperança. É tão grande, mas tão grande que eu chego ao absurdo de ter fé e esperar que meu corpo vá ficar como eu quero (e como era), só com as minhas orações. Pois sim!

Eu consigo firmar o pensamento e desejar de todo o coração que um ser amado fique bem, que um amigo encontre o rumo com a mulher amada, que uma amiga deixe de ser idiota e mande o verdadeiro idiota ir pastar. Mas e por mim, faço o quê? Fico olhando o tempo passar, as horas martelarem a minha cabeça contra o chão e tudo o mais ir envelhecendo ao meu redor, sem notar que eu mesma também perco o frescor a cada minuto que passa. Normal e naturalmente, assim como o tempo passa pra todos. Ou melhor, para aqueles que ainda conseguem envelhecer.

Amigos falsos, drogas, bebidas camufladas, alta velocidade no trânsito, noitadas, internet, brigas, balas perdidas, balas de rave, tudo está aí pra não deixar que ninguém passe dos 30 anos. Ou melhor, quem passar dos 25 vivo já pode se considerar vitorioso.

Em menos de dois meses, dois baques: um amigo do meu irmão em estado grave no hospital por achar que, em cima de uma moto, poderia fazer tudo. Depois foi André, que achou que de qualquer jeito poderia fazer tudo. Eles não poderiam, não podem. O primeiro está no grupo que recebe minhas orações pra sair dessa, sem muita seqüela. O segundo, nunca mais poderá nada. Foi-se tão cheio de vida, no calor de seus 24 anos.

*-*

Que a vida é uma folha de papel, eu já sabia. Que tudo acaba como começa: quase sem querer, também sabia. E descobri, um tanto com as pancadas da vida e outro tanto com meu enraizado hábito observacional, que não depende de nós o começar, mas o acabar é poder de decisão nosso. Alguém vai me questionar “E Deus? E o destino?”, aí eu respondo: se eu tirasse minha vida agora, seria vontade de Deus? Se fosse, porque Ele se daria ao trabalho de me dar a vida? Não, Ele me deu o livre-arbítrio e eu a conduzo da forma que melhor me aprouver.

Fui a uma consulta essa semana que passou e a médica sentenciou: precisa perder peso. Nenhuma novidade aí, as formas arredondadas, as roupas apertadas e o desconforto comigo mesma já tinham indicado que algo teria que ser feito. Com hipertensão e má circulação no histórico familiar, no mínimo, sou relaxada por estar 10 kg acima do meu peso.

Saí do consultório com algumas instruções dela e um propósito meu: meu corpo e minha saúde no devido lugar. Odeio malhar, amo comer besteira. Brigadeiro de panela na casa das amigas? Miojo? Bolo na casa da vó? Trash foods? Se deixar, diariamente. Quando entro na Kombi fico irritada com as mulheres imensas, que ocupam lugar de duas pessoas num banco que cabem quatro. Então já tinha chegado ao ponto de pensar: em breve serei eu, pagando duas passagens, ou fingindo que nem é comigo. A irmã de um amigo, linda e loura, teve filho, relaxou e hoje passa o RioCard na frente e entra por trás no ônibus, já que seu corpanzil não tem mais facilidade de deslizar pela roleta. Ok, salvo tireoidismo, a obesidade não tem porque existir.

Café da manhã light, frutas, refeições intermediárias, ingestão de alimento de três em 3 horas. Queijo branco, iogurte de mel (amo mel), biscoito água e sal e suco, tudo na horinha certa. “Tá firme mesmo, hein?” Claro, quem determina minhas ações sou eu, se sou capaz de comer desenfreadamente, sou capaz de controlar a minha ansiedade, os medos e o olho grande. Minha mente comanda meu corpo e não o contrário. Os primeiros resultados vieram no sábado: o vestido novo, que comprei semana passada, ficou perfeito e me animou ainda mais a seguir minha missão. Ele se ajustou no corpo como um amante aflito de desejo, me segurou forte, com seu jeans apertado e macio, com calor e ternura, me aprisionou a cintura e modelou os quadris, como uma tentativa de segurar minha energia que pudesse escapar ao menor suspiro meu. E a noite de sábado foi gloriosa, me senti em paz comigo, não por ter perdido peso, pois em uma semana não se perde quilos tão fácil, mas por ter tido força de vontade, por querer me cuidar, por me amar e não permitir me entregar. Ainda estou nessa, verdadeiramente guerreira.

E quando ouvi aquele melodioso “Você está maravilhosa”, que fez o rosto enrubescer, soube que estava no caminho certo. :-D

*-*

Primeiro dia no treinamento do trabalho novo. Empresas só mudam de nome e endereço mesmo: todas têm uma mala, que fala alto, se mete em tudo, é inconveniente, com fortes traços de mimo familiar, que chuta e dá soco na mesa, faz biquinho e no qual você adoraria dar três tapas na cara, olhar fundo nos olhos e berrar “se controla, porra!”. Neste caso, foi A Mala. Fecho os olhos e fico me imaginando tacando a cara dela no teclado... E quando ela vem com aquele “Luci”, só uma paciência de monge pra não fazê-la engolir o mouse, com fio e tudo, até ela entender que meu nome é Lucille! E ainda tem mais quatro longos dias de treinamento. Santo saco, Batman!

*-*

Minha Dany vai ser mamãe! Parabéns pra ela e papai Vinicius! E que meu sobrinho venha com muita saúde.

*-*

Semana positiva e produtiva pra todos nós.

Desejo que o meu Deus esteja presente na forma do Deus de cada um e proteja e abençoe a todos.

Com atitude e amor,

L.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ela está voltando. Não silenciosa, como costumam fazer os outros. Ela vem berrando, causando, deixando claro que, por mais que tenham tentado derrubar a sua majestade, guerreira que é guerreira não baixa a cabeça... nem se deixa abater.
É minha Lu, minha preta!!
Amada no fundo mais íntimo do meu coração.

F.

Postar um comentário

Obrigada por vir e por ler!
Fique a vontade para comentar, sua opinião é muito bem-vinda.